26 abril 2010

O NABO E O RASPUTINE DA MARMELEIRA

Pela primeira vez, hoje, não resistimos à curiosidade de observar pela TV uma sessão da famigerada Comissão de Ética (?!) da A.R., criada sob os auspícios da dupla Madame Manuela Leite/Pacheco Pereira, porventura a "obra" mais emblemática que marcará a passagem dessas figuras sinistras pela vida política portuguesa como símbolo do seu modus operandi e da sua filosofia sobre o confronto de ideias e a disputa democrática do poder: se não puderes vencê-los com argumentos... rebenta-lhes com o carácter; se não for a bem vai a mal.
Claro que esse equívoco político do PSD que foi MFL e comparsa, já em fase de aposentação, deixou no activo o seu Rasputine da Marmeleira (cujos conselhos a terão conduzida à desgraça que se conhece) o qual continua operacional e com o pretenciosismo de sempre, disposto a mostrar a sua personalidade de abelhudo, agora na tal comissão onde levanta questões, em pose de grande senhor, querendo fazer sentir que só daquela cabeça iluminada poderiam sair questões tão complexas quão pertinentes. Mas, pelo que nos foi dado observar através da TV em directo, é caso para dizer que a cada cavadela de Pacheco... nem uma minhoca saía. Apenas a demonstração de uma mente doentia que, pelas atitudes persecutórias, revela bem a sua formação maoista-estalinista com aquele pendor totalitário e policiesco dos próceres albaneses que eram alvo da sua veneração pouco tempo antes de adesão ao PPD/PSD e ao bem-bom da burguesia. Claro que tais doenças são incuráveis e a moléstia manifesta-se intermitentemente. E como é um infiel instalado em terreno de crentes, nem a visita do Papa ou as preces de Manuela operarão milagres. Um caso perdido.
Outro que apareceu, mas a depor, foi o Vara que aparentou querer carregar sobre os seus frágeis ombros todos os pecados do PS, sempre pronto a fazer depoimento sobre qualquer matéria que envolvesse o partido, nomeadamente acerca de assuntos da esfera governamental, quando deveria ter dito que não sabia nem tinha que saber, em vez da dúbia expressão "não tenho na ideia de..." repetida até à exaustão tentando responder às perguntas formuladas. Parecia querer vangloriar-se da sua polivalência e da forma abrangente como domina e dele parece depender toda vida do PS, numa clara demonstração das fraquezas de um partido que passa a imagem de ser representado por um nabo como ele... Fica-se com a sensação que a PS se cristaliza no Vara e ali acaba.
Outra curiosidade foi a presença de dois jovens inquiridores do PCP, muito diligentes e eficazes, de voz maviosamente mansa e sacaninha, dominadores da técnica das interrogatórios, mais parecendo profissionais de polícia porventura já adestrados para inquirições das futuras NKVD e KGB do PCP no poder, para cuidarem da saúde dos reaccionários quando chegar a hora dos amanhãs que cantam da revolução comunista, do que meros deputados em funções de numa democracia burguesa. Muito interessante... Uma revelação! Não uma surpresa...

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