O PONTAL É UM EQUÍVOCO
E, com a marca da casa, são todas loiras falsas
O Pontal é um equívoco. Começou por ser um sítio, onde se reuniam de-sagrados e desagravos e passou a símbolo melancólico e errante, porque de sítio e de expressão foi mudando. Ali, Sá Carneiro, inquieto, exuberante e exaltado, desancou alguns daqueles que lhe não compraziam, por este ou aquele motivo. Não nos esqueçamos de que ele possuía um temperamento autoritário e imponderável. Porém, o Pontal não configura uma doutrina, uma estratégia, um repto. É, apenas, uma metáfora menor, que perdeu o viço e o significado. O PSD promove, a espaços, sob aquele nome, uma reunião festiva. Aproveita a circunstância de os seus baronetes estarem de vilegiatura algarvia e lá vai conseguindo agrupar uns senhores e umas senhoras cansados pela idade e tostados pelo sol. Depois, essas pessoas estimáveis e um pouco pasmadas surgem nas revistas cor-de-rosa a incorporar textos de um barroquismo, direi: ascético. O povo, na sua trivial realidade, aprecia este ataúde destapado.
Impulsionado por Mendes Bota, poeta e organizador, por igual avaliável, Pedro Passos Coelho, numa auto-imolação comovente, animou, este ano, o jantar. Houve faltosos, o mais exemplar dos quais o prof. Marcelo Rebelo de Sousa, que escapou, esbaforido, sob o subterfúgio intelectual de ter de esclarecer, na TVI, os sombrios mistérios da política. As televisões, atentas e zelosas, fixaram um friso de proeminentes cidadãos, quase todos reformados de luxo, que mais pareciam figuras de um retábulo de alucinados do que responsáveis pelo que nos tem acontecido nas últimas décadas.
Passos Coelho, como lhe competia, falou e disse. Vai sendo hábito afirmar desatinos que deixam os sociais-democratas embevecidos.
Impulsionado por Mendes Bota, poeta e organizador, por igual avaliável, Pedro Passos Coelho, numa auto-imolação comovente, animou, este ano, o jantar. Houve faltosos, o mais exemplar dos quais o prof. Marcelo Rebelo de Sousa, que escapou, esbaforido, sob o subterfúgio intelectual de ter de esclarecer, na TVI, os sombrios mistérios da política. As televisões, atentas e zelosas, fixaram um friso de proeminentes cidadãos, quase todos reformados de luxo, que mais pareciam figuras de um retábulo de alucinados do que responsáveis pelo que nos tem acontecido nas últimas décadas.
Passos Coelho, como lhe competia, falou e disse. Vai sendo hábito afirmar desatinos que deixam os sociais-democratas embevecidos.
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