16 agosto 2010

PACHECO - O SERVIÇAL

O texto que se segue é uma postagem do Abrupto do Pacheco Pereira. Como me convenci que a minha TRAMELA tem mais audiência que o famigerado blogue do marxista-leninista-maoista da Marmeleira, resolvi dar uma ajuda ao desvalido troca-tintas, publicando aqui uma das suas profundas reflexões, certo de que assim alguém lerá o produto de uma inteligência privilegiada perdida nos tortuosos caminhos da subserviência ao poder do capital que durante largos anos havia renegado. Segue-se a coisa abrupta:
"É de facto difícil fazer melhor, no que diz respeito a um "jornalismo" de fretes e de encomenda. Todas as pequenas mensagens desejadas, passadas sem distanciação. Fotografias encenadas, também com as mensagens certinhas. Todas as "antecipações" desejadas, a melhor forma de ter boa imprensa com base em intenções, sem o ruído do real e dos factos. "Jornalismo" de ditado, eu dito-te o que vou fazer e o que pretendo e lá vem tudo direitinho, mesmo que depois não aconteça assim, já está conseguido o efeito. Sim, porque não é apenas "antecipação" de um discurso, é o meta-discurso pretendido já encaixotado e pronto para servir. O acto "antecipado" e a leitura que se deseja. Tudo by the book, de agência, mas não do jornalismo. E tão evidente, tão grosseiro até, que mete dó. O modo como alguns jornais, com destaque para o Expresso e o Diário de Notícias tratam Passos Coelho e o PSD no período pré-Pontal(!!!). Pode haver quem ache que isto é bom, mas isto é péssimo, quer para o jornalismo, quer para o PSD. Até os três porquinhos perceberam que as casas de papel duram pouco se o lobo mau soprar."
Mete dó não é?...O homem está mesmo na fase pré-rilha-foles. Não há terapia que o salve!

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