21 outubro 2010

CHEIRA A COELHO ESTURRADO

A divisão no PSD (?!) por causa da votação do Orçamento do Estado (OE) atingiu o núcleo duro de Pedro Passos Coelho. Ângelo Correia - que sempre defendeu que o partido deveria viabilizar o Orçamento para 2011 - cortou com o seu afilhado político. Neste momento, a estratégia de Passos de abrir negociações com o governo com vista a uma abstenção é, segundo Ângelo, "infelizmente uma inutilidade" e o PSD não vai ganhar "nada", disse o histórico do PSD ao i.
E embora Ângelo Correia acredite que "Teixeira dos Santos e Francisco Assis" queiram mesmo negociar com o PSD, Sócrates e Pedro Silva Pereira "nunca" o farão. Para Ângelo, o PSD deveria anunciar a abstenção sem impor condições - a mesma posição que já defenderam ex--líderes como Manuela Ferreira Leite ou Marcelo Rebelo de Sousa.
Na opinião de Ângelo Correia, o PSD não deveria nunca chumbar o Orçamento "por duas razões": para além do PSD "não dever fazer aquilo que o PS quer", "um voto contra, atendendo à nossa dependência externa, criaria uma crise financeira aguda", afirmou ao i aquele que, apesar da ruptura(?|?!) política, permanece íntimo amigo do líder do PSD.
É óbvio ( dizemos nós) que isto não passa de uma manobra de diversão para retirar protagonismo público  a Angelo Correia e tentar limpar a ideia instalada de que  Passos Coelho não passa de um homem de mão do antigo governante e dirigente do PSD para dar a cara pelas ideias do seu mentor, afinal o patrão que lhe dava emprego antes de o utilizar nesta manobra.
Nesta estratégia só o JORNAL i, já conhecido por jornal de parede do PSD, entraria nesta encenação sem um comentário...
É claro que seria bem mais útil ao PSD e ao país que fosse o próprio Angelo Correia, com a sua competência já demonstrada, a protagonizar esta operação em vez de usar    um pau-mandado bem parecido  mas ser ele próprio a dar a cara, a decidir de facto as políticas...Fazendo-o  por interposta pessoa  e continuando a gerir os seus negócios...deixa supor, por injusto que seja, que tudo isto não passa de interesses e perspectivas de negócios.  Isto é:  cheira a coelho esturrado!

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