11 fevereiro 2011

A DANÇA


 
Se para dançar o tango são precisos dois, para aprovar uma moção de censura, na actual composição da Assembleia da República, são precisos três. Três partidos e um deles, obrigatoriamente, o PSD. Quanto aos outros, a geografia é variável.
 Portas aguarda para entrar em cena
Por isso, todos os holofotes voltam a estar colocados sobre o partido liderado por Pedro Passos Coelho. Como aconteceu com o PECII, quando foi aprovado o primeiro aumento de impostos, e com o Orçamento do Estado para 2011. Vem do primeiro destes momentos a imagem do tango: José Sócrates explicou, em Maio, em Madrid, que até então não pudera tomar medidas anticrise por falta de parceiro. A aprovação do OE2011 já foi outra música, mas também foi com o PSD que o acordo se fez. E agora, depois de ter dado os instrumentos para a governação - cujos resultados ainda não estão testados -, como vai o maior partido da oposição lidar com a responsabilidade de provocar uma crise política?




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