CRISE NA ESQUERDA EUROPEIA
Los sondeos arrojan sombras sobre el futuro de la izquierda en Europa en plena crisis global. En septiembre, la socialdemocracia alemana puede quedar fuera del poder en Berlín por primera vez desde 1998. Y los socialistas franceses, que no ganan unas presidenciales desde 1988, ven cómo un nuevo partido radical amenaza su territorio electoral. Pero si hay un sitio donde la izquierda ya ha desaparecido del mapa, ése es Italia. Tras la dimisión de Walter Veltroni, esta semana, como secretario nacional del Partido Demócrata (PD), no tiene ni siquiera un líder.
O Jornal El País traça um quadro bem negro da esquerda europeia que fenece nas suas multiplas contradições, abrindo caminho às forças políticas da direita que, atentas, começam a surgir como senhores da hegemonia social, deixando o que resta dessa esquerda em verdadeiro estado comatoso. Na Itália, a direita de Berlusconi já enterrou toda a esquerda que, quais ratos das Galápagos, se foram afogando nos seus radicalismos e contradições. E, neste caso, não sabemos se ficarão exemplares suficientes para conservar a espécie. Em França o quadro há muito tempo que é parecido e na Alemanha a senhora Markle já reduziu o Partido Social-democrata à expressão do nosso BE. Mas o esvaziamento da esquerda está a ser feito em favor da direita pura e dura em consequência dos estragos feitos pelos comunistas e afins que pululam por aí a fazer o mesmo e pior. É necessário começar a responsabilizá-los pelas suas malfeitorias. O caso dos professores (uma classe algo privilegiada) é um exemplo recente das espúrias alianças que o PCP consegue estabelecer com a finalidade pura de potenciar a agitação pela agitação; desestabilizar e sabotar... Há que recuperar do estigma do anti-comunismo que essas forças conseguiram fixar nos meios da esquerda democrática e que tem constituido um abrigo para os ditos e uma limitação... para quem se tem submetido a esses predadores sociais.(Claro,este é um discurso anticomunista!)
Entre nós ainda há uma réstea de esperança com um partido de esquerda no poder e que, renovado e regressado à sua verdadeira matriz, expurgado de radicalismos alegristas e socráticos, se apresente como alternativa a si próprio, progressista e dialogante, mas... não cedendo, nos limites da sua autoridade democrática, perante as cassandras e pardais predadores que pululam acantonados nos "seus territórios" e, normalmente, aliados com as mais sectárias e destrutivas forças políticas (PCP e quejandos) que são, aliás, quem escancara as portas à direita... com o reles e sistemático discurso anti-PS, a estratégica sabotagem do sistema produtivo e o bloqueamento estruturado dos serviços públicos.
Será por isso altura de agir no sentido de restaurar a confiança no ainda muito significativo espaço da esquerda democrática, não adepta de radicalismos revolucionários que promovem a miséria, sobre a qual se promete construir miríficos amanhãs que cantam.
Será também tempo de, em Portugal, a esquerda séria e fiável, em sintonia com os seus parceiros de Espanha, desenvolverem políticas sociais e de redistribuição adequadas ao produto, de molde a poderem tornar-se um farol para a anémica e desorientada esquerda europeia. Só falta que à causa se entregue gente adulta, desprendida e generosa que não se esgote em projectos de mera afirmação pessoal.
Será também tempo de, em Portugal, a esquerda séria e fiável, em sintonia com os seus parceiros de Espanha, desenvolverem políticas sociais e de redistribuição adequadas ao produto, de molde a poderem tornar-se um farol para a anémica e desorientada esquerda europeia. Só falta que à causa se entregue gente adulta, desprendida e generosa que não se esgote em projectos de mera afirmação pessoal.
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