08 fevereiro 2009

AÍ VEM O LOUÇÃ DE GRAVATA...

OS ALIADOS NA CONJUNTURA
LOUÇÃ, COM O RESPALDO DAS ÚLTIMAS SONDAGENS QUE COLOCAM O BLOCO DE ESQUERDA COMO O TERCEIRO PARTIDO MAIS VOTADO SE HOUVESSE AGORA ELEIÇÕES, COMEÇOU JÁ A EXPLANAR AS SUAS IDEIAS PARA O FUTURO E A DEFENDER, OBJECTIVAMENTE, O FIM DA ECONOMIA DE MERCADO. NUMA VISÃO CLARAMENTE MARXISTA DO SISTEMA DE PRODUÇÃO, AFASTANDO-SE BASTANTE DA PERSPECTIVA SOCIAL-DEMOCRATA DO MERCADO E DA SOCIEDADE, DIFICULTANDO DE IMEDIATO ACORDOS DE GOVERNAÇÃO COM QUALQUER OUTRO PARTIDO QUE NÃO SEJA O P.C.P.. E ESTE, ANACRÓNICO, ANCILOSADO, ESTÁ IRREMEDIAVELMENTE ULTRAPASSADO (IRRECUPERÁVEL!)



CURIOSO É UM CERTO APADRINHAMENTO DO BLOCO DE ESQUERDA POR PARTE DO SR. PINTO BALSEMÃO, DADA UMA APARENTE PREDOMINÂNCIA DE MANIFESTOS APOIANTES DESSE PARTIDO NOS DIVERSOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DA SUA EMPRESA. SERÁ QUE BALSEMÃO, BOM EMPRESÁRIO E ANALISTA POLÍTICO, ESTARÁ A VER MAIS LONGE OU TEM GARANTIAS QUE ESSA GENTE NÃO VENHA A NACIONALIZAR OS SEUS EMPREENDIMENTOS?! BEM, TRATA-SE DE UM PURO E ESCLARECIDO AGENTE DA ECONOMIA DE MERCADO QUE NÃO ANDARÁ A DORMIR NA FORMA. MAS É MUITO CURIOSO...



Mas apreciemos esta esclarecedora peça do jornal PÚBLICO sobre os planos de Louçã
A proibição de despedimentos em empresas que obtenham lucros e a proibição de que as empresas que recebem apoios do Estado distribuam lucros pelos seus accionistas são as duas medidas propostas por Francisco Louçã, coordenador da comissão política do Bloco de Esquerda, ao iniciar, hoje ao fim da manhã, a VI Convenção deste partido, que decorre até amanhã, no Pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa. Na sala a ouvir Louçã, estava o líder da CGTP e militante do PCP, Manuel Carvalho da Silva.

Elegendo o desemprego como tema central do seu discurso e o Governo como único interlocutor do BE – assumiu que iria ignorar a direita – “ninguém perde uma manhã de sábado para isso” -, Louçã avançou com as propostas que considera contribuírem para a solução da crise.

Queremos que sejam proibidos os despedimentos empresas que têm resultados”, anunciou Louçã, depois de lembrar que o desemprego pode chegar aos dez por cento este ano e de criticar atitudes de empresários como a que atribuiu a Américo Amorim que, segundo Louçã, teve “dez milhões de euros de lucro” e pretende despedir 193 trabalhadores “preventivamente”.

Louçã considerou que o país faria “melhor em despedir estes patrões”e defendeu que “o capital nada faz, é o trabalho que faz”, rematando: “Tiveram resultados? Tiveram lucros? Foi o trabalho. É tempo de devolverem.”

Já a segunda medida, a não distribuição de lucros a empresas apoiadas pelo Estado, foi justificada por Louçã com o argumento de que “em anos excepcionais é que é preciso coragem”. Acusando o Governo de ter “a obsessão das privatizações”, o líder do BE marcou a diferença em relação ao seu partido: “Para José Sócrates tudo o que é estratégico deve ser negócio. Para o Bloco tudo o que é comum deve ser público.

”E classificando alguns banqueiros portugueses de “donas Brancas”, defendeu o serviço público bancário, para rejeitar a “nacionalização de prejuízos”. E como conclusão, anunciou: “Não aceitamos que as empresas que recebem benefícios, isenções ou avales do Estado, utilizem dinheiro público para pagar aos seus accionistas.

Garantindo que o BE é o partido mais plural de Portugal, Louçã apelou aos delegados para falarem abertamente e ironizando com a forma como José Sócrates se lhe costuma dirigir nos debates parlamentares, desafiou: “Não tenham tento na língua"

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É PORÉM INEGÁVEL QUE ALGUMAS DESTAS PROPOSTAS TÊM PERNAS PARA ANDAR... SOBRETUDO PORQUE MUITOS DOS NOSSOS "CAPITALISTAS" TÊM DA CAUSA SOCIAL A IDEIA DA CARIDADEZINHA E NÃO DE UM PROCESSO VIRTUOSO DE REDISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA PRODUZIDA. E ATÉ FAZEM GALA DE CONSTAREM DA LISTA DOS RICOS PARA SEREM MAIS ADULADOS E EMBASBACAREM A MISÉRIA CIRCUNDANTE. E é um cheirinho a Marx que adoça a social-democracia triunfante noutras paragens! Aliás, que nada tem a ver com os arremedos... do PS e muito menos com os do PPD/PSD. Os bloquistas, por ora, são linguas de trapo enfeitadas com trejeitos fadistas do estilo "cantas bem mas não me alegras"

2 comentários:

Anónimo disse...

Francisco Camacho disse...
Reduzir o PCP a um digito residual,mais de acordo com a sua implantação e o B.E. na casa dos 20% e talvez assim se criassem codições para uma inevitável governação de esquerda responsável, porventura capaz
de pôr Portugal nos eixos. Isso se o paradigma de "um povo que não se governa nem se deixa governar" se alterar por inteiro. Caso contrário estamos condenados à estrumeira...

Anónimo disse...

Fiquei chocado com a homofobia do Louça que, no exemplo que deu dos coelhinhos numa caixa, se viu obrigado a especificar que se tratava de um casal heterossexual de coelhos... nunca esperei isto dele...