A DIREITA DO TRUCA-TRUCA
A direita encostada à Igreja anda em desatino com o casamento. Aliás, a direita evangélica sempre andou em desatino com o casamento. Foi assim com o casamento civil, foi assim com o divórcio e é agora assim com esta nova forma de dar aos cidadãos os mesmos direitos independentemente das suas opções. A direita encostada à Igreja vive em permanente sobressalto com medo que se saiba que nessa mesma direita encostada à Igreja se faz sexo fora do casamento, se usa preservativo dentro e fora do casamento, se fazem divórcios de casados pela Igreja, se registam casamentos fora da Igreja e, para bem do Diabo, até há gente que vive com gente do mesmo sexo. Tudo às escondidas, claro, no segredo do confessionário.
A direita encostada à Igreja anda em homilias a rogar que se leve para Belém um Santinho.
E a propósito
A lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, ou melhor, a sua promulgação pelo Presidente Cavaco Silva, perturbou a coabitação mais ou menos clandestina que a hierarquia eclesiástica mantém com a direita desde o Estado Novo. A reacção violenta do Cardeal de Lisboa explica-se muito melhor pela traição de Cavaco Silva, por não ter vetado a lei, do que pela sua aprovação pelo parlamento. Foi uma infidelidade.
Porém, se a direita usa a muleta eclesiástica a seu bel prazer e a larga quando lhe convém, é porque a hierarquia da igreja se põe a jeito. A ameaça de apresentar um candidato imaculadamente católico, puro, como a aspirina da Bayer, para concorrer contra Cavaco Silva, só pode ser levada a sério por quem desconhece o seu passado de cumplicidade com a direita política.
Um bluff que beneficia objectivamente o visado.
A direita encostada à Igreja anda em homilias a rogar que se leve para Belém um Santinho.
E a propósito
A lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, ou melhor, a sua promulgação pelo Presidente Cavaco Silva, perturbou a coabitação mais ou menos clandestina que a hierarquia eclesiástica mantém com a direita desde o Estado Novo. A reacção violenta do Cardeal de Lisboa explica-se muito melhor pela traição de Cavaco Silva, por não ter vetado a lei, do que pela sua aprovação pelo parlamento. Foi uma infidelidade.
Porém, se a direita usa a muleta eclesiástica a seu bel prazer e a larga quando lhe convém, é porque a hierarquia da igreja se põe a jeito. A ameaça de apresentar um candidato imaculadamente católico, puro, como a aspirina da Bayer, para concorrer contra Cavaco Silva, só pode ser levada a sério por quem desconhece o seu passado de cumplicidade com a direita política.
Um bluff que beneficia objectivamente o visado.
CONCLUSÃO: Ninguém engana ninguém! Só os papalvos que fazem o séquito dessa gente que cruxifica Jesus Cristo a cada passo.
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