15 novembro 2010

É PENA ESTA TRISTE FIGURA DA D. MANUELA

A deputada foi ao Funchal dizer que é contra o ataque à acumulação de pensões, mas escusou-se a falar da região. Alberto João Jardim estava na assistência...
Manuela Ferreira Leite defendeu ontem, no Funchal, a acumulação de pensões de reforma com salários no sector público e diz que Portugal vive, neste momento, "um espírito de PREC", numa referência ao gonçalvismo e ao Processo Revolucionário em Curso. A deputada social-democrata discursou numa conferência-debate promovida pela JSD/Madeira sobre questões autonómicas, perante uma plateia que contou com a presença de Alberto João Jardim, um dos políticos-exemplo da acumulação total da pensão de reforma com a remuneração como presidente do Governo Regional.
Jardim já apelidou o Estado português de "ladrão", ameaçando processá-lo em tribunal, uma decisão "inconstitucional" porque alegadamente colide com o disposto no Estatuto Político-Administrativo da Madeira que nesta matéria blindou qualquer alteração. A verdade é que ontem a ex-ministra das Finanças esquivou-se a falar de economia regional. Preferiu colocar todos os focos na actuação do Governo de José Sócrates, criticando veementemente as medidas de austeridade, nomeadamente o aumento de impostos sobre o trabalho e a redução dos salários da função pública, com implicações na privada, bem como os "ataques àqueles de acumulam vencimentos" porque, sublinhou, "se os recebem é porque trabalharam", fazendo, neste contexto, uma analogia ao "espírito do PREC", vivido no País em 1975.
Marcelo Rebelo de Sousa atacou Jardim lembrando que este "já tem um regime único na Madeira que é receber por inteiro a pensão e o vencimento, quando no Continente e nos Açores se recebe um terço da pensão", portanto, "é pobre e mal agradecido", afirmou na TVI. Voltando à intervenção de ontem, Manuela Ferreira Leite fez questão de separar os modelo económico socialista do Continente, do modelo da Madeira da responsabilidade de Jardim desde 1978. Contudo, já ninguém se lembra de que foi Manuela Ferreira Leite, enquanto ministra das Finanças, que obrigou as regiões autónomas em sede de OE a cumprirem a imposição de endividamento zero contestado por Jardim. Ontem, o discurso foi outro. "As políticas seguidas no Continente estão erradas". Na Madeira nem por isso, pareceu querer dizer.
Quem nos saberá dizer quanto esmifra em pensões acumulas esta senhora

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