12 novembro 2010

O NOSSO PENSADOR DE BELÉM

Não vale a pena perder tempo com aquilo que os mercados, os mercados secundários, estão a fazer. Não entro nessa batota [de criticar os mercados]. Acho mesmo que é uma retórica negativa para Portugal. A retórica de ataque aos mercados internacionais não cria um único emprego, nós devemos fazer o trabalho que nos compete por forma a reduzir a nossa dependência do financiamento externo sempre com uma grande preocupação de distribuir com justiça os sacrifícios que são pedidos aos portugueses.»
Cavaco Silva, PR
Este pensamento maior do nosso Presidente é, tal e qual, aquilo que já todos sabíamos, logo, mais uma banalidade. Faz lembrar trivialidades do género "vale o que vale" ou tiradas históricas do género "se não têm pão, comam bolachas".
Mas dizia que este é um pensamento maior. O que assim o faz é aquele cheirinho de "estejam caladinhos, senão levam no focinho" ou, melhor ainda, o paternal "cala-te e come".
Pena é que a lição contida no extracto supra demore tempo e, entretanto, lá iremos ter de viver como os "bons alunos" do tempo das vacas-gordas, só que com um ratito no estômago e a boquita fechadita não vão os "mercados", os mercados secundários, matar também o roedor.
Com ou sem farda temos este destino. Continuam as discursatas presidenciais com o conteúdo:
"já não vinha aqui desde a última vez que aqui estive".

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