13 novembro 2010

O SENHOR DO ADEUS DO SALDANHA-LISBOA



Eu sou o Senhor do Olá"
"Chamam-me o Senhor do Adeus, mas eu sou o Senhor do Olá. Aquele que acena no Saldanha, a partir da meia-noite. Tudo isto é solidão? Essa senhora é uma malvada, que me persegue por entre as paredes vazias de casa. Para lhe escapar, venho para aqui. Acenar é a minha forma de comunicar, de sentir gente", escrevia, em Março de 2008, o Expresso sobre João Manuel Serra, salientando: "São quase duas da manhã e os carros não param de lhe apitar. Nem eu de lhes acenar. Só fico triste quando o movimento acaba."
"Venho para a Praça Duque de Saldanha, desde que fiquei nas mãos de não ter ninguém. Nasci aqui perto, na casa da minha avó. Um palacete tão bonito, que o Calouste Gulbenkian quis comprá-lo. Vê-se que foi um menino rico. Sou filho de gente abastada, nunca trabalhei nem entrei numa cozinha", acrescentava o semanário, citando o "Senhor do Adeus".
Em Setembro de 2003, o Diário de Notícias escrevia que João Serra "nunca trabalhou, mas conhece a Europa toda" e "já entrou em dois filmes e  num teledisco".
No Facebook, já surgiu um apelo para uma concentração às 22h00 de hoje, no Saldanha, "para dizer adeus aos carros em homenagem ao senhor João que o fazia noite após noite".
João Manuel Serra, conhecido em Lisboa como o "Senhor do Adeus", morreu aos 80 anos de idade...
Quem não se lembra, os que por ali passavam,  dessa figura simpática que de um modo geral era olhado com a desconfiança   dispensada a comportamentos insólitos...























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