12 março 2011

RAMALHO EANES E O "DISCURSO" DE CAVACO







Foi um discurso que, tendo em conta a situação atual, é razoável. Poder-se-á dizer que esqueceu a crise externa e a influência da crise externa na nossa própria crise", afirma o ex-Chefe de Estado, em declarações aos jornalistas, à margem da apresentação de um livro no Centro Cientifico e Cultural de Macau, em Lisboa.
A mesma opinião tinha sido defendida quarta-feira pelo primeiro-ministro, José Sócrates, após a cerimónia da tomada de posse, na Assembleia da República: "Manda a verdade que, em nome de um diagnóstico sobre a situação portuguesa, não se deixe de referir a crise internacional na origem aliás das dificuldades de todos os países, da dificuldade de Portugal, da dificuldade grega, irlandesa, espanhola, inglesa, dos Estado Unidos, do Japão e por aí fora".
Ramalho Eanes encabeçou a comissão de honra da candidatura de Cavaco Silva à Presidência da República, tal como já tinha acontecido no primeiro mandato.
Depois de referir que "há países que resistiram à crise e outros que não resistiram", Ramalho Eanes considerou "as acusações" que são feitas ao Governo socialista " de excessivas".
"O Presidente teve ocasião de dizer que nós temos uma década perdida. Não é da responsabilidade deste Governo, ou pelo menos não é da responsabilidade exclusiva deste Governo", afirmou.

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