Correia de Campos - Um Ministro Precário
Correia de Campos será um técnico bem preparado e competente, mas parece não ter dimensão nem estaleca política para ocupar e gerir o actual cargo de Ministro da Saúde. Particularmente nas circunstâncias em que um governo reformista não pode prescindir da "arte de fazer política" para poder garantir o sucesso das reformas que se propõe fazer. E Correia de Campos é muito voluntarioso e poderia ser um bom Secretário de Estado, Director Geral ou coisa parecida, mas sob a tutela de um Ministro que o mantivesse devidamente controlado. O homem, certamente sem intenção, deixa uma imagem de ferrabrás e comporta-se como um espalha brasas que faz as "delícias" das "patrióticas"oposições que aproveitam para o bota-a-baixo habitual e para deslustrar o mais possível tudo que de positivo o Governo vai fazendo. Mas essa é a forma "instituida" de fazer oposição em Portugal e nada haverá a fazer. O partido que está no poder (PS) faz o mesmo quando está fora dele. É o princípio do "quanto pior melhor". Uma verdadeira calamidade de uma democracia torta, manca e zarolha.
Resumindo, o que o ministério procura fazer é gerir e racionalizar os nossos parcos recursos porque a pobreza do País o impõe! É verdade que não é fácil explicar isso aos cidadãos quando muita gente acredita que os governos têm máquinas de fazer dinheiro, convencidos pelas constantes e irresponsáveis exigências das oposições para que os governos em exercício gastem sempre mais e mais... (todas as oposições, em todos os tempos, sem excepção, deixam essa ideia subliminar na cabeça das pessoas para melhor as mobilizarem para a sua politiquice irresponsável). Mas o que Correia de Campos não tem conseguido fazer é neutralizar isso e explicar, para o simples cidadão compreender, a sua estratégia e os critérios respectivos. O que chega ás pessoas é a perda de regalias, a retirada de um parco conforto perto da sua morada e, porque não dizê-lo, aquele sorriso do Ministro que aparenta por vezes algum desdém quando aparece nas televisões com explicações pouco convincentes. Depois lá estão os autarcas para incendiarem os ânimos e os bairrismos, indiferentes aos argumentos da racionalidade. O ministro, por inépcia, torna-se mais incendiário do que bombeiro, incapaz de neutralizar a acção dessa corja de caciques locais das rotundas e outras malfeitorias.
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