02 agosto 2009

QUE É FEITO DO PSD?

Não havendo programa, temos o resultado da consulta telefónica
Ter a ambição de governar implica ter um programa completo e transparente e sujeitá-lo, atempadamente, à apreciação dos cidadãos. Além de uma obrigação democrática, é uma pré-condição para, como agora alguns se lembraram de inventar, ”fazer política com as pessoas”. De outro modo, far-se-ão muitas coisas com as pessoas, mas dificilmente “política”.
O PS divulgou ontem o programa com que se apresentará às legislativas: no tempo certo, a dois meses das eleições, com opções claras e propostas escrutináveis. Outros apresentarão as suas ideias quando julgarem conveniente ou quando estiverem preparados para isso. E nessa altura poderemos comparar.Enquanto isso não é possível (durante quanto mais tempo?), pode ler o programa do PS na íntegra aqui
É inaceitável que um partido como o PSD que produz há longo tempo uma vergonhosa campanha de maldicência, de linguagem imprópria e carroceira, deitando mão dos seus esbirros mais ou menos proeminentes, com o desbocado madeirense à cabeça, para assim tentar disfarçar a total ausênsia de ideias e de projecto para a governação do País em tempo de crise, aguardando manhosamente que o poder lhes possa cair no regaço por efeito da única coisa em que o actual PSD se especializou e sabe fazer com requintes: o bota-a-baixo, a desqualificação dos adversários, e o populismo que é o maior inimigo da democracia. É-o hoje, da mesma forma que o foi no passado. A História, infelizmente, desde a “lenda da punhalada” está cheia de exemplos de democracias que pereceram ao som de palavras melífluas.
A comiseração de Manuela Ferreira Leite pelos impostos dos ricos, acompanhada pela indignação de Paulo Portas pelas sondagens que não o favorecem, cavalgando as manifestações de Mário Nogueira do PCP e acarinhando as diatribes de João Jardim contra os cubanos são, neste contexto, assuntos sem qualquer relevância, mas que o PSD secunda, acarinha e quase se esgota neles, esforçando-se apenas, de forma notória, em obter compadrios nos orgãos de comunicação social mais permissivos, procurando ganhar em propaganda o que lhe falta em substância.


Quem tem memória jamais viu um PSD tão indigente politicamente e sem capacidade de reacção no seu interior. O PSD está adoentado (como alguem dizia: está a ficar senil)



Sem comentários: