04 janeiro 2010

O MONSTRO DA CRISE E OS PROTAGONISTAS DAS SOLUÇÕES

O ano que agora começou coloca enormes desafios ao País, que o conduzem necessariamente a uma mudança de atitudes. O mote, claro está, é a crise económica, que teima em não acabar e que ameaça mesmo agravar os mais estruturais problemas do País: o da sua falta de competitividade e também o do seu enorme endividamento. Para responder a este desafio, pede-se mais do que nunca responsabilidade. Aos empresários para começar, mas, claro, também aos políticos. Foi, aliás, o que pediu aos partidos o Presidente da República na sua mensagem de Ano Novo.
Este apelo dos empresários aos políticos no sentido de estes assumirem as suas responsabilidades no momento de crise que o país atravessa, tem algo de patético quando referem, como respaldo, o mesmo pedido feito pelo Presidente da República na sua mensagem das Janeiras. Se o Presidente da República tem agido como sendo, de facto, o verdadeiro líder da oposição, porque não confrontá-lo com as suas responsabilidades. Alguém acredita que a Sra. Manuela Ferreira Leite dá um pio ou mexe uma palha sem o acordo ou directivas do Chefe? Ninguém questiona a razão pela qual o Senhor Presidente assumiu a tal cooperação estratégica quando o Governo tinha a maioria absoluta e agora abandonou o conceito quando essa cooperação era mesmo necessárria com um governo sem maioria e o monstro a ameaçar-nos? A mudança de estratégia não tem a ver com os interesses do País. E... parece-nos que também não favorecerá muito a sua estratégia eleitoral! Sim, porque esta interessa-lhe muito mais! Mas assim não é seguro que vá lá...

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