27 novembro 2010

AINDA A DITA GREVE GERAL...

o Bernardino coreano                                                                                                                                                                                                                           



A principal razão da desvalorização de greves e manifestações prende-se com os objectivos dos próprios promotores destas iniciativas. Sindicalismo e partidos entendem estas acções como um dos argumentos, entre outros, de uma negociação em curso ou pretendida. Ou seja, já não há nada de revolucionário numa greve geral. Ninguém quer deitar abaixo o governo ou sequer abalar minimamente o poder. Tudo o que se pretende é conquistar um fugaz tempo de antena.
Daí que a potência subversiva dos actos tenha sido substituída pelo jogo de palavras e, sobretudo, por uma evidente manipulação dos factos. A greve geral não foi geral, mas, como já é hábito, somente de parte da função pública. Essa parte, transportes, escolas e hospitais, pela perturbação que provocam criam a ilusão da grande adesão. A função pública é hoje a carne para canhão dos sindicatos. O destino é a morte certa.
Os sindicatos e os partidos que os apoiam tornaram-se mestres neste tipo de imposturas. Com uma força social e política diminuta servem-se destas irrisórias manobras mediáticas para iludirem a sua irrelevância, o seu desgaste e arcaísmo.  O Partido que mexe os cordelinhos destes eventos é o PCP, seguidor e venerador do Partido Comunista da Coreia do Norte onde a palavra greve parece que até do dicionário terá sido banida... Mas o melhor foi esse PC coreano (que o pequeno Bernardino adora...) ter   imposto  um curioso regime comunista de raiz monárquica,  onde  um filho do Presidente do PC norte-coreano acaba de ser nomeado chefe do partido por direito sucessório...  Quem sabe se a adoração do pequeno Bernardino tem a ver com a hipótese que acalentará de lhe caber a sucessão da chefia do PCP por falta de herdeiros hábeis do Avô Cantigas?!... 






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