LISBOA ANTES DO TERRAMOTO
Foi em cima destas ruínas que renasceu uma Lisboa de ruas largas e geométricas na Baixa, tal como conhecemos agora. A cidade erguida da catástrofe - cujos trabalhos de reconstrução foram dirigidos por Sebastião José de Carvalho e Melo, o futuro Marquês de Pombal - sepultava assim muitos vestígios da antiga, descrita nos textos da época como caótica, cujas ruas e becos não obedeciam a qualquer plano prévio. Descreviam-na ainda como nojenta (as bacias com dejectos eram despejadas no Tejo) e contava-se queestava sempre a ser fustigada por incêndios.
Documentos, gravuras, litografias ou mapas perpetuaram a memória da cidade desaparecida, que foi sendo resgatada em projectos de investigação. Há cinco anos, na passagem dos 250 anos do terramoto, o Museu da Cidade quis ir mais longe e iniciou a recriação virtual a três dimensões da cidade pré-pombalina. Hoje, às 19h, faz-se a apresentação pública dessa reconstituição, com o presidente da câmara, António Costa, e a vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto. Em quiosques multimédia, os visitantes podem agora reencontrar a Lisboa à beira do terramoto e cruzar-se com edifícios e algumas das zonas mais marcantes da cidade. Quem quiser pode visualizar as reconstituições rodando-as 360 graus. Ou ainda ver vídeos que reconstituem percursos - por exemplo, uma vista panorâmica da cidade, a frente ribeirinha,ou a Rua Nova dos Ferros.in PÚBBLICO
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