02 fevereiro 2012

A cereja em cima do bolo



«Os loucos que investiram $260 biliões em energias renováveis em 2011 [que quintuplica o valor do investimento em 2004] provavelmente não tiveram o privilégio de partilhar a erudição desinteressada de empresários e gestores da craveira de Patrick Monteiro de Barros e Miral Amaral. Estes ilustres defensores do nuclear voltam à carga mal farejam a fragilidade política que permite bons negócios privados e públicas ruínas. A coberto da troika querem agora liquidar o cluster nacional de energias renováveis, que ao contrário da quimera nuclear, potencia o sistema científico-tecnológico nacional, gera emprego e riqueza locais, e potencia exportações de energia e de bens e serviços associados. A questão que se impõe é a seguinte: será que Patrick Monteiro de Barros, Mira Amaral e Pedro Sampaio Nunes tem memória curta ou motivos fortes para defenderem com tanta insistência uma tecnologia que perde terreno em toda a linha e nas várias geografias para as energias renováveis.»
De um dos três posts de Tiago Julião Neves, a ler no Jugular, a propósito do manifesto que pretende discutir a introdução da energia nuclear em Portugal. A cedência a este lobbie, onde pontuam destacadas figuras da direita (de Mira Amaral a José Ribeiro e Castro), seria a cereja em cima do bolo para um governo que gosta de chafurdar no mais irresponsável e retrógrado experimentalismo.

Sem comentários: