P.R. - UM ZELOSO MILITANTE DO PSD?
No sábado, um dia depois do discurso crítico do Presidente da República, José Sócrates, afirmou, numa sessão das "Novas Fronteiras" que o país "não precisa" dos que fazem "a política do recado, do remoque, do pessimismo, do bota-abaixo, da crítica fácil". "O que se pede aos políticos é que apontem o caminho. Não precisamos de quem só diz o que não podemos fazer."
Correndo o risco de sermos injustos, ousamos dizer que o actual Presidente da República não consegue transmitir uma imagem de bom pastor, afável e generoso. Com aquela expressão de enjoado sempre afivelada e as imagens que dele guardamos a fazer esgares enquanto come bolo-rei... etc e tal... afasta-nos da figura gentil e protectora que se pretende encontrar na pessoa que ocupa o cargo do mais alto magistrado da Nação. E os que o antecederam, incluindo o sisudo Ramalho Eanes, conseguiram transmitir essa afabilidade e ar protector... Digamos que ninguém tem culpa de uma facies macerada que Deus N.S. nos deu.
Vem isto a propósito (ou não) da queixa do P.M. acerca dos públicos recados do P.R. que, ao que parece, não lhos dará, olhos nos olhos, quando se encontram, semanalmente, para tratarem dos assuntos da Nação. Assim sendo não sabemos como se pode apregoar cooperação institucional quando se usa o palanque do comício para dizer aquilo que deveria ser feito pessoalmente, de forma séria e institucional... São opções que neste caso desvalorizam a função quando aparentemente apenas visam apoucar o P.M. e, acto contínuo, participar activamente na campanha política da sua apaniguada Ferreira Leite. E para quem pretendia um homem austero, sisudo e politicamente impoluto no Presidência da República, não está nada mau... Se calhar são influências de conselheiros presidenciais do tipo do Medina Carreira. E de quem escolhe conselheiros destes também não se pode esperar muita nobreza e grandes rasgos de sabedoria. Talvez lhe falte lá o Maria Cachucha (sem menosprezo pela senhora) para completar o quadro porque dos restantes não faltará ninguém...
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