QUANDO O TELEFONE TOCA
Acabou de me ligar a dra. Manuela Ferreira Leite
A sério! Bom, não em pessoa, mas através de uma gravação. Seja como for, ligou-me. E para quê? Para agradecer a chamada que há uns dias atrás tinha decidido fazer para o célebre call-center do PSD. Já agora, vale a pena contar a história desse telefonema.
Primeiro, escutei uma gravação da líder do PSD. De seguida, atendeu-me uma senhora que, depois de me inquirir quanto a alguns dados pessoais (idade, localidade de residêcia, escolaridade, situação profissional, etc.), avisou-me que me disponibilizava 2 minutos do seu precioso tempo para me ouvir. Logo retorqui que o que eu pretendia era conhecer as ideias que o PSD e a dra. Manuela Ferreira Leite têm para o país. Mas a minha interlocutora explicou-me prontamente que não tinha ideias para me dar, apenas para receber (e no tempo máximo de 2 minutos).
Decidi falar, então, sobre as fugas ao segredo de justiça, aproveitando os meus 2 minutos para dissertar sobre os efeitos nefastos que tais fugas têm para a credibilidade do sistema de justiça como um todo e alertando para a necessidade absolutamente premente de os partidos políticos e as instâncias judiciárias encontrarem soluções que permitam punir, de facto, quem viola o segredo de justiça e, assim, pôr termo a este flagelo que são os julgamentos na praça pública. Ao que a senhora, tentando “despachar-me”, sumariou assim a minha contribuição (enquanto, aparentemente, a registava num computador; pelo menos, ouvia-se teclar…): «pronto, então o que o Sr. quer dizer é que as fugas ao segredo de justiça é mau, não é?»
E assim ficou assinalado o meu valioso contributo para o programa do PSD: «as fugas ao segredo de justiça é mau!». Foi tão valioso o contributo registado, como se nota, que a dra. Manuela Ferreira Leite decidiu hoje agradecer-me. Mal posso esperar por ver esse programa. Promete…
NB: durante o telefonema, ninguém me pediu autorização para inscrever o meu n.º de telefone em qualquer base de dados ou para o vir a utilizar em acções de campanha. Estão a ouvir, CNPD??? O País Relativo
A sério! Bom, não em pessoa, mas através de uma gravação. Seja como for, ligou-me. E para quê? Para agradecer a chamada que há uns dias atrás tinha decidido fazer para o célebre call-center do PSD. Já agora, vale a pena contar a história desse telefonema.
Primeiro, escutei uma gravação da líder do PSD. De seguida, atendeu-me uma senhora que, depois de me inquirir quanto a alguns dados pessoais (idade, localidade de residêcia, escolaridade, situação profissional, etc.), avisou-me que me disponibilizava 2 minutos do seu precioso tempo para me ouvir. Logo retorqui que o que eu pretendia era conhecer as ideias que o PSD e a dra. Manuela Ferreira Leite têm para o país. Mas a minha interlocutora explicou-me prontamente que não tinha ideias para me dar, apenas para receber (e no tempo máximo de 2 minutos).
Decidi falar, então, sobre as fugas ao segredo de justiça, aproveitando os meus 2 minutos para dissertar sobre os efeitos nefastos que tais fugas têm para a credibilidade do sistema de justiça como um todo e alertando para a necessidade absolutamente premente de os partidos políticos e as instâncias judiciárias encontrarem soluções que permitam punir, de facto, quem viola o segredo de justiça e, assim, pôr termo a este flagelo que são os julgamentos na praça pública. Ao que a senhora, tentando “despachar-me”, sumariou assim a minha contribuição (enquanto, aparentemente, a registava num computador; pelo menos, ouvia-se teclar…): «pronto, então o que o Sr. quer dizer é que as fugas ao segredo de justiça é mau, não é?»
E assim ficou assinalado o meu valioso contributo para o programa do PSD: «as fugas ao segredo de justiça é mau!». Foi tão valioso o contributo registado, como se nota, que a dra. Manuela Ferreira Leite decidiu hoje agradecer-me. Mal posso esperar por ver esse programa. Promete…
NB: durante o telefonema, ninguém me pediu autorização para inscrever o meu n.º de telefone em qualquer base de dados ou para o vir a utilizar em acções de campanha. Estão a ouvir, CNPD??? O País Relativo
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