17 fevereiro 2010

ESTUDO SECRETO QUE INCLUI OS AÇORES


Um estudo secreto que incluiu os Açores deu resultados positivos para o estrôncio 90, um elemento radioactivo perigoso para a saúde humana.
"Estrôncio 90, um elemento radioactivo produzido por actividade nuclear, foi encontrado em concentrações consideradas “assustadoras” num estudo até agora secreto e que envolveu uma vasta zona que vai da Noruega aos Açores.As maiores concentrações, de um a três sunshines (unidade de medida de estrôncio), ocorreram em ossos humanos e queijo. Porém, os documentos agora libertados não especificam os resultados por análise, o que significa que ainda não é possível apurar em pormenor os locais de maior gravidade do fenómeno.Os estudos ocorreram nos anos finais do século XX por determinação da Comissão de Energia Atómica os EUA. Foi criado para o efeito um projecto secreto denominado Gabriel Sunshine. Os resultados das análises realizadas foram discutidos em reuniões confidenciais, o que explica o facto de o fenómeno só agora começar a ser conhecido.Segundo as informações que foi possível reconhecer, o objectivo do projecto Gabriel Sunshine foi apurar a incidência de elementos radioactivos em todo o planeta como consequência dos testes nucleares a céu aberto que se iniciaram antes dos anos sessenta do século XX. Dada a natureza secreta do projecto, não se sabe se continua em vigor ou se os trabalhos foram dados por concluídos.É preciso conhecer. A presença de estrôncio 90 nos Açores não é considerada surpreendente pelo cientista Félix Rodrigues, especialista em ambiente e que tem acompanhado a contaminação radioactiva nos Açores.Segundo Rodrigues, a circulação dos ventos é suficiente para explicar a deposição de elementos radioactivos nas ilhas. Lembra que a própria Universidade dos Açores já tinha detectado níveis de trítio de 1200, quando o volume normal não passa dos cinco.Dado o potencial maligno para a saúde humana de produtos radioactivos como o trítio e o estrôncio 90, Rodrigues recomenda uma estudo aprofundado da situação que permita uma gestão adequada aos níveis da saúde humana e do ambiente, já que o estrôncio 90, por exemplo, só desaparece do ambiente ao fim três séculos."
Esta revelação
vem pôr em evidência uma realidade sentida pelos habitantes da Ilha Terceira resultante da ocorrência de, aparentemente, numerosos casos de doenças do foro oncológico, particularmente no Concelho da Praia da Vitória e que, segundo julgamos, ainda não terá merecido a devida atenção das entidades responsáveis no sentido de quantificar e caracterizar essas ocorrências, através de um competente estudo epidemiológico e das situações de risco subjacentes, de molde a que o assunto seja abordado adequadamente e não de forma especulativa como é frequente fazer-se. Trata-se de assunto sério que preocupa as populações, particularmente as muitas famílias do Ramo Grande e não só, que viram partir muitos dos seus devido a essa terrível maleita além de se poder estar a perpetuar situações de risco de forma irresponsável.

Sem comentários: