EDUARDO LOURENÇO DISSE...
" Veja bem como é que a nossa sociedade funciona. Na televisão, os programas existem para justificar os minutos de publicidade. Isto é a perversão total. O sistema inteiro vive em função dessa mediatização e dessa publicidade. Tudo lhe é subordinado. A política transformou-se numa espécie de máquina lúdica sem outra finalidade que não seja essa espécie de jogo de brincadeira hiper-séria.
Veja que já não é no Parlamento que se faz a política. É na televisão. E não são pessoas legitimadas para ter esse tipo de discurso de efeitos políticos. É gente que tem um privilégio de que nem sequer se dá conta: têm uma espécie de pelouros e funcionam como os verdadeiros detentores do poder de opinião. Não sei onde é que isso vai levar mas é uma perversão. Quem não tiver expressão mediática não existe".
Veja que já não é no Parlamento que se faz a política. É na televisão. E não são pessoas legitimadas para ter esse tipo de discurso de efeitos políticos. É gente que tem um privilégio de que nem sequer se dá conta: têm uma espécie de pelouros e funcionam como os verdadeiros detentores do poder de opinião. Não sei onde é que isso vai levar mas é uma perversão. Quem não tiver expressão mediática não existe".
Uma análise muito pertinente deste prestigiado intelectual que nos aviva o incómodo causado pelos demagogos que infestam asTV's procurando dar espectáculo a palrar. O mais emblemático dionísio palrador, o Marcelo das charlas, que terá os seus admiradores, parece que passa um mau momento (e ainda bem) pela falta de poleiro para cantar de galo. Seria excelente que as TV's chegassem à conclusão que o espectáculo do proto-ilusionista não gera audiências que justifiquem esse generoso espaço de ergoterapia concedido ao paciente para se pavonear e recrear. Está mesmo na hora de Marcelo se ir embora. Não dá para perceber a razão da piada que acham ao homenzinho.
Sem comentários:
Enviar um comentário