08 abril 2010

O ECOSSISTEMA POLÍTICO

Drag and drop me

A DEMISSÃO de Nuno da Camara Pereira de líder do PPM preocupa-me.
Pode vir a ser o fim de mais um partido histórico. Desde o 25 de Abril, são inúmeros os pequenos partidos que já se extinguiram. Onde estão a AOC, a FEC(ML), o PDC? Isto não pode continuar. Agora percebe- -se que Santana Lopes tenha querido o PPM na sua coligação por Lisboa: quis mostrar preocupação pelo património devoluto e a cair. Eu gostava de fazer um apelo ao IPPAR e à ministra da Cultura: os pequenos partidos ainda existentes têm de ser considerados património histórico e cultural e devem ser preservados e recuperados. Por exemplo, vamos incentivar Pacheco Pereira a sair do PSD e a refundar o seu PCP(ML). Sempre que há eleições, assistir a um debate televisivo com os pequenos partidos é como ir a um museu ou a uma daquelas feiras de reconstituição medieval. É história viva. Ver e ouvir Carmelinda Pereira, do POUS, propor a união entre PS e PCP é comovente. Se conseguimos salvar o lince-ibérico, também podemos salvar a Carmelinda. Os defensores da língua portuguesa têm de estar gratos a Garcia Pereira e ao PCTP/MRPP por manterem vivas expressões como "social- -fascismo", "operariado", "povos oprimidos". No futuro Museu da Língua tem de haver um holograma de Garcia Pereira a repetir estes termos em loop. Mas atenção, o que deu origem ao Bloco de Esquerda não é solução. Foi o mesmo que destruir um edifício histórico para fazer um centro comercial "tipo Taveira", com lojas de franchising ideológico. O major Tomé era a bifana, Louçã é o hambúrguer de soja.

1 comentário:

Anónimo disse...

Interessante invocar as origens políticas de Pacheco Pereira que prometia à classe operária no 25 de Abril o miserável modelo de regime da Albânia... É um exemplar interessante do oportunista político que não cora de vergonha.