13 maio 2010

OU COMEM TODOS OU NÃO HÁ MORAL


Há quem tenha uma estranha fixação nos trabalhadores da Função Pública: «Para já, uma coisa é certa: os funcionários públicos portugueses são os únicos cidadãos europeus que estão autorizados a viver numa bolha fictícia, fora da realidade e à margem da crise que varre o país e a Europa.diz um fulaninho no EXPRESSO» Digo trabalhadores porque os agentes (os que não têm vínculo e são pagos a recibo verde), não sendo funcionários, são pagos pelo Estado. Dando como exemplo a Irlanda e a Espanha, e podia ter acrescentado a Grécia, entendem esses que os vencimentos dos trabalhadores da Função Pública deviam sofrer cortes. Mas porquê? Que sentido faria, em 4,5 milhões de portugueses (a população activa), pôr 700 mil a pagar a crise? O sector privado ficaria isento em nome de quê? Mal por mal, o imposto extraordinário, de carácter universal, que se prevê para hoje, terá o mérito de tratar todos por igual.

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