14 maio 2010

LEMBRAR O PADRE BRASILEIRO LEONARDO BOFF

l Em tempos de visita papal, nada mais oportuno do que recordar o “silêncio obsequioso” que Joseph Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, impôs a Leonardo Boff, sacerdote brasileiro empenhado na teologia da libertação. Empenhado, sobretudo, no combate com as desigualdades, a miséria, a iniquidade de um capitalismo que tudo devora e tritura.
Nada de mais oportuno do que homenagear Boff e todos os que com ele continuam a lutar por um mundo melhor.
Mas não foi apenas o silêncio imposto a Boff pelo Prefeito que escondeu a pedofilia, honrando, aliás, a antiquíssima tradição católica da hipocrisia. Ratzinger também retirou ao teólogo a Cátedra no Instituto Teológico Franciscano, em Petrópolis. Felizmente, o tempo das fogueiras já tinha acabado…
Ratzinger foi, aliás, um digno herdeiro das mais profundas e arreigadas tradições da congregação a que presidiu que, noutros tempos, era conhecida por Santo Ofício ou, simplesmente, por Inquisição. A mesma organização que, nos tempos em que o “silêncio obsequioso” era apenas para os muito pequenos deslizes, resolvia tudo o resto com fogo purificador.
Bem sei que passaram muitos anos, mas os tiques continuam lá e Ratzinger ampliou-os…
Este é o Papa que se passeou pela Avenida da (nossa) Liberdade. daqui

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