29 agosto 2010

OS AMALGAMADOS DO PSD




NOTÍCIAS DO BLOQUEIO:
Tenho usado a figura do cerco, mas hoje aproveito o Egito Gonçalves. A leitura passista ( o CAA costuma assumir as preferências) do recado do PR é clara: Cavaco não fará de Martim Moniz . Sem ninguém para se entalar na porta, aos sitiantes resta esperar. De novo.
Uma velha teoria da psicologia social diz que se a minoria inovadora resistir ao tempo, à dissensão e ao choque com o poder uniformizador da cultura dominante, tem boas hipóteses de alcançar o poder ( ou um estatuto associado no caso de minorias não políticas). Moscovici pensava em grupos ideologicamente consistentes ( desde movimentos pelos direitos civis a guerrilhas marxistas sul-americanas).
Acontece que esta direcção do PSD é um soluço. Assentou no regresso da máquina autárquica menesista-botista ressabiada com MFL e, com o "partido lisboeta", contratou um janízaro ( Ângelo Correia) que o líder "ouve quando quer e quando não quer" e acolheu um corpo expedicionário avulso: oportunistas, vira-casacas e, inevitavelmente, alguma gente de boa vontade.
Esta amálgama, como é próprio das amálgamas, não tem direcção. Tacteia, experimenta, endeusa as sondagens e aguarda o apodrecimento do governo. Se os amalgamados lá chegarem , sabemos o que valem: uma ampulheta. Em linguagem mais prosaica diriamos que não valem um chavelho.

...daqui

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