17 setembro 2010

COELHOS DE GALINHEIRO

Aos coelhos de galinheiro ninguém percebe. Aos outros, àqueles poucos que fazem a toca no campo e não estão com mixomatose, reconhece-se uma marcha rápida, embora errante, com pinchos à direita e à esquerda próprios de quem pretende despistar os galgos que os perseguem. O resultado é conhecido. Normalmente, se a corrida for curta, conseguem safar-se na trajectória, dada a velocidade que atingem e a agilidade nos saltos erráticos. Se a corrida for mais longa, a conclusão será diferente e, entre uma chumbada certeira desferida por caçador que lhes reconhece a cadência do desvio, ou o abocanhar do cão de caça que lhes apanha os trejeitos, acabam na panela ou em molho vilão.
Esta constatação deveria ser lição de vida a outros coelhos que iniciaram bem a corrida e se conseguiram safar mas que, ao prolongarem a correria desenfreada, começam a dar sinais de que acabarão esfolados
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LNT

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