29 março 2011

OS ÂNGELOS DE COELHO

Quando fala a partir de Portugal, em língua portuguesa e para os Portugueses, ele é o Dr. Passos, um político preocupado com os mais desfavorecidos, que chumbou o PEC porque continha um conjunto de “novas medidas gravosas e extremamente injustas.”
Mas quando fala no estrangeiro ou para órgãos de comunicação social estrangeiros, em língua inglesa, ele transforma-se (quer dizer, revela-se) e é então que surge Mr. Coelho, um político da linha dura, que chumbou o PEC porque as medidas de austeridade aí previstas eram “not sufficient and not efficient enough” ou, noutra formulação: “We voted down the austerity package not because it went too far but because it didn't go far enough to deliver results on public debt”. Também em inglês, o PSD emitiu um comunicado em que admite a necessidade de levar a cabo reformas que ponham em causa o “state financed employment”, ou seja, o emprego na função pública e no sector empresarial do Estado. Tudo coisas que o Dr. Passos, em português e no seu tom delicodoce, não nos diz.
Falta acrescentar que P.Coelho é o verdadeiro Relações Públicas do governo supra exposto, coadjuvado pelo conselheiro presidencial, o franco atirador de bojardas Bagão Félix, recrutado de emergência pelo Senhor P.R. para reforçar as hostes... e cuidar especialmente de Sócrates...(sim! Isto é uma guerra sem quartel entre gente da Fé  e idólatras, contra a judiaria de esquerda ) 




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