16 abril 2011

COELHO FICOU A SABER QUE A MENTIRA TEM PERNA CURTA



Passos Coelho era detestado em Belém e acarinhado por Ângelo Correia, outro proscrito do cavaquismo. Hoje é apoiado em Belém e acarinhado por Eduardo Catroga, um braço direito de Cavaco Silva. o que se passou no período em que ocorreu esta transformação? O país foi atirado deliberadamente para uma crise política que o forçou a ajoelhar-se perante o FMI e os novos tigres da União Europeia, Cavaco assobiou para o ar mostrando que a magistratura activa deu lugar à magistratura do canário mudo e...  Passos Coelho ficou a saber que a mentira tem perna curta.
Ficamos a pensar que falhado o golpe de Estado das escutas a Belém alguém  decidiu ser mais afoito não hesitando colocar o país em risco, obrigando os portugueses a engolir uma dose dupla de austeridade só para se finalmente se ver livre de Sócrates.
Pensar que tudo isto foi estratégia de Passos Coelho é ilusão, o líder do PSD pode ser palerma mas não é canalha, pode ser mentiroso mas não domina a arte da conspiração, pode não ter ideias próprias e por isso mesmo toda esta manobra é demais para a sua escassa inteligência estratégica.
Mas então qual é o papel de Passos Coelho? Há várias expressões portuguesas que o caracterizam, marioneta, pau-mandado, peão de brega, etc.. Temos, portanto, um candidato a primeiro-ministro de Portugal com menos capacidade de decisão e que está mais condicionado pelas ordens de Cavaco Silva do que o jardineiro do Palácio de Belém.

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