13 abril 2011

NOBRE NA CONVENÇÂO


Fernando Nobre foi à Convenção do PSD em 2002 que antecedeu a ida de Durão Barroso para São Bento. Como a fotografia acima documenta (publicada no Povo Livre), discursou aí e deu todo o seu apoio a Durão Barroso.
Mas que pensa Fernando Nobre do ex-primeiro-ministro do Governo PSD/CDS-PP, a quem deu todo o seu apoio? Simplesmente isto:
As cambalhotas políticas que se queiram dar na vida são um problema de cada um. Muitos já as deram, e nós todos evoluímos num ou noutro sentido ao longo da vida, e temos a tendência para gostar de quem se chega a nós e detestarmos quem renega o que acreditamos. O que um candidato a político não pode fazer nos intervalos em que procura o voto, é utilizar valores universais como a ética, a cidadania, a independência etc., etc., que vai depois conspurcar com a sua prática, fazendo assim com que as pessoas que chama para esses universos da virtude se sintam defraudadas e cada vez menos crentes na prática efectiva desses valores. Resumindo: vai no sentido contrário quem alguma vez apelou a eles e os traiu com os apelos da sua vaidade. Nobre acaba de provocar um imenso rombo na ética e na cidadania que tão ufanamente tentou usurpar a Manuel Alegre, acusando-o de não ser dono delas. Pois, de facto não é dono delas, mas continua a dar provas de ser um dos seus melhores guardiães. O castigo que Nobre está a sofrer politicamente é o resultado de ter utilizado indevidamente esses valores para promoção pessoal.




O verdadeiro albergue espanhol (2)




Talvez Pedro Passos Coelho se esteja a borrifar, mas interessará certamente ao povo de direita saber o que pensa Fernando Nobre sobre a legislação laboral. Vale a pena ouvir esta passagem:  "Não é pelo facilitamento do despedimento que se cria crescimento, e não foi pelos despedimentos serem difíceis, segundo alguns, que se triplicou o desemprego no nosso país. Por isso eu acho que as leis laborais como elas estão em Portugal, já houve alterações suficientes, estão mais do que adequadas, mais do que isso é contraproducente [...] a União Europeia devia criar um salário mínimo europeu, é isso que a União Europeia devia fazer para nos pôr a todos em pé de igualdade".
      Pedro T.

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