06 abril 2011

COMBATER A AGIOTAGEM.... COM BOMBAS?





Como escapar
                                                                              à agiotagem
Campanha pela Regulamentação das Agencias de Notação!Agências de Rating – Uma Petição Pela Sua Urgente Regulamentação!São conhecidas por “agências de notação financeira”, enfim, empresas que têm por actividade “atribuir notas de risco ou classificações (ratings) a países, mas também a municípios, empresas ou bancos ou a títulos hipotecários.” Assim, supõe-se que mostrem a capacidade de pagamento de dívidas (valor total e juros) no prazo prometido.
Mas, a verdade está na falta de avaliação, de controlo e de regulamentação da actividade das agências de rating.
Ora, conhecendo-se bem o papel das agências de rating, americanas, na criação da bolha do sub-prime que desencadeou a crise financeira de 2008 e sabendo-se que nem um desses títulos “sub-prime” foi vendido sem a sua avaliação, ninguém as penalizou perante os dramáticos resultados!
Assim, estas agências não evitaram que acontecesse esta crise, nem serviram para permitir que os investidores se sentissem dispensados de avaliar os títulos mobiliários e nem que os investidores soubessem qual o grau de risco inserido no que estavam a adquirir.
Mais, as muitas suspeitas de “amiguismos” e conflitos de interesse neste género de situações acabaram por nunca ser publicamente esclarecidas!
Finalmente, vimos até o esforço europeu para avaliar a solidez dos seus bancos, através dos já famosos “testes de stress”.
Ora a necessidade de ser a Comissão Europeia, o BCE e o comité europeu de supervisores bancários a fazer estes testes é talvez o maior atestado de incompetência alguma vez passado às agências de ratings americanas.
Mais, quando os países europeus se encontravam mais empenhados na recuperação dos seus sistemas financeiros e no combate à recessão que se adivinhava inevitável, surgem as agências de rating no topo das notícias, porque resolveram baixar o rating das dívidas soberanas de vários países da zona euro.
O alvo sempre foi demasiado claro, a União Europeia e: o euro, por ser, uma moeda, demasiado forte para o crescimento da economia maior exportadora do mundo, a Alemanha; forte para o cumprimento das promessas do Presidente dos EUA, de restabelecer a força do dólar e forte para quem não tolera a regulação dos mercados financeiros…
Mas avaliemos o papel das agências de rating, americanas, neste processo e podemos fazê-lo de dois ângulos principais:

1. Reduzir o rating das dívidas soberanas de países europeus, que têm fundamentals económicos muito melhores que os americanos, sem alterar o rating dos bilhetes do tesouro americano, que os chineses compram sem parar, é… estranho!
2. Reduzir estes ratings depois dos governos europeus terem controlado os danos da crise financeira iniciada na América e de terem testado a resistência dos seus bancos ao stress, é… estranho!
Entendemos que a avaliação das agências de rating deve ser feita por dois critérios principais, bem conhecidas dos investigadores científicos: validade e fiabilidade.
Assim, é preciso avaliar se as medidas apresentadas (ratings) medem mesmo o que se pretende (a capacidade dos governos pagarem as respectivas dívidas). Validade!
É preciso avaliar se essas medidas são precisas e dão sempre o mesmo valor, quando aplicadas à mesma situação. Fiabilidade!
Perante o papel das agências de rating seria de esperar que:
• Os critérios usados na atribuição de ratings passassem a ser regulamentados pelas autoridades monetárias, para além de tornados claros e públicos;
• As autoridades monetárias passassem a controlar (certificação de
qualidade) o funcionamento das agências de rating;
• As agências de rating fossem alvo de uma avaliação, de um rating,
anual, possivelmente atribuído pelas autoridades monetárias.
Assim, nós, Cidadãos Abaixo Assinados, afectados pela Crise, não iremos aguardar pela próxima crise financeira provocada pelas agências de rating, sem sabermos se as mesmas obedecem a alguma e estranha estratégias política, ou a interesses comerciais que visam a desvalorização do euro, para facilitar as exportações alemãs, ou se resultam pura e simplesmente de incompetência e negligência
Nós Cidadãos, uns da União Europeia, nacionais ou residentes, outros de outras partes deste Globalizado Planeta,
Exigimos, da União Europeia, das Nações Unidas e dos Estados Nacionais, a Urgente Regulamentação Internacional da Actividade das Agências de Notação

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