08 abril 2011

É TEMPO DE O PSD PROVAR QUE RECUPERA O JUIZO

 
 
 
 
A grande esperança do PSD
Ao fim de um ano e meio na oposição, quinze dias depois do chumbo do PEC e a menos de dois meses de eleições, ninguém consegue saber que respostas quer o PSD dar a estas perguntas, nem distinguir que rumo querem  dar ao País. Não é claro que medidas estão dispostos a tomar, nem quais os objectivos que  movem, a sua gente ou que compromissos aceitam assumir, esquecendo que os Portugueses não  vão certamente eleger ninguém com um cheque em branco para fazerem o que lhes der na gana . Nem vão eleger o Doce Coelho se ele os convencer de que não sabe o que quer nem tem estaleca para tanta ambição.  O PSD está rebentar pelas costuras de jeitosos e fala-baratos... mas com perfil de estadistas só se forem buscá-los às catacumbas...
Mais do que discutir se devemos ou não pedir ajuda, o que temos é de nos pôr de acordo sobre o necessário consenso no caminho da consolidação, consenso que será essencial quer essa ajuda seja ou não pedida. O PEC é uma boa base de proposta, já apresentada pelo Governo e subscrita pelo PS. Falta o PEC SD - o PEC do PSD. Falta perceber qual é a alternativa, para perceber como se podem conciliar posições, conseguindo uma frente clara de consenso que dê garantias a quem nos empresta dinheiro.
Neste momento, em que Governo e Parlamento estão demitidos, tem de caber ao Presidente a iniciativa de tentar conciliar posições e conseguir consensos. Cavaco Silva, com o seu discurso incendiário de tomada de posse, tornou-se  parte do problema criado. Este é o momento para que passe a fazer parte da solução. No momento actual, o pedido de ajuda ao FEEF só poderá ser feito se o Presidente conseguir chamar à responsabilidade os partidos e os obrigar a compromissos credíveis.(E se o Presidente conseguir  libertar-se de um certo instinto de lacrau que marca muito o seu comportamento em relação aos adversários políticos) Sem garantias prévias  de que esse compromisso é viável, qualquer pedido de ajuda é mero folclore. Um folclore em que FEEF, FMI, BCE e outras instituições não se vão deixar envolver.  E atenção ao tabém folclórico acordo PCP/BE que se destina apenas a fazer chiqueiro e a pôr pedras na engrenagem na sua estrtégia do quanto pior melhor para satisfazerem a sua qualidade de necrófagos políticos 
A iniciativa de qualquer programa, neste momento, terá de vir de Belém, chamando os partidos, negociando consensos, avançando para a solução do problema criado pelo erro que promoveu. O Presidente tem de começar a ser o garante de estabilidade que prometeu ser e não está a ser. Tem de acordar e usar o poder da presidência activa que prometeu para promover soluções e consensos. A Presidência, como única instituição em plenas funções, terá de assumir a sua responsabilidade na resolução do problema que a dissolução da Assembleia criou.» [Jornal de Negócios

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