09 abril 2011

NÃO SOU DOS QUE FOGEM, NÃO TENHO MEDO

 




Não sou dos que fogem, não tenho medo de eleições - Sócrates
Não sou dos que fogem, não tenho medo de eleições - Sócrates
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 Matosinhos, 08 abr (Lusa) - O secretário-geral do PS afirmou hoje não temer eleições e que confia na vitória nas próximas eleições, num discurso em que traçou um quadro de bipolarização, defendendo que a escolha é entre os socialistas e o PSD.
"Eu não sou dos que fogem, (...) eu não viro a cara às dificuldades. A minha responsabilidade é lutar, dar o meu melhor e honrar a confiança dos portugueses", disse no discurso de abertura do XVII Congresso Nacional do PS, na primeira vez em que as suas palavras fizeram levantar a plateia dos delegados socialistas.
Dirigindo-se aos seus camaradas, Sócrates deixou-lhes depois uma garantia: "Eu não tenho medo das eleições, nem do julgamento democrático dos portugueses. Lutarei, com alegria, pela vitória", disse.
Depois, já na parte final do seu discurso, que se caracterizou por estar repleto de críticas ao PSD, sobretudo ao seu presidente, Pedro Passos Coelho, o líder dos socialistas procurou dramatizar e bipolarizar a escolha que os portugueses farão nas eleições de 05 de junho.
"A escolha vai ser entre um Governo liderado pelo PS ou um Governo liderado pelo PSD", sustentou, considerando que os votos no Bloco de Esquerda e no PCP "serão desperdiçados" pela esquerda.
"Os votos desperdiçados à nossa esquerda são votos que favorecem o caminho da direita para o poder. E, francamente, já basta o que basta: O sectarismo, a cegueira contra o PS do PCP e do Bloco de Esquerda levaram-nos, primeiro, à apresentação de moções de censura contra o Governo e depois a aliarem-se à direita para derrubar o Governo e oferecer à direita a oportunidade de conquistar o poder. Mais: para oferecer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a oportunidade de entrar em Portugal", disse, em novas críticas a estas forças políticas.
Mas o PSD foi o partido mais visado pelo secretário-geral do PS, acusado de ter passado "todas as marcas da leviandade" ao abrir uma crise política em Portugal, na sequência do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).
"Os portugueses percebem muito bem que esta crise política foi um desastre, uma inconsciência, uma total irresponsabilidade. E sabem que se alguém é capaz de prejudicar assim o seu país apenas para satisfazer os seus interesses partidários é porque não está à altura das responsabilidades deste momento e não está à altura de liderar o Governo de Portugal", acusou o líder do executivo.
Na sua intervenção, José Sócrates procurou também demarcar-se de qualquer responsabilidade no recente agravamento da crise financeira, que motivou o podido de ajuda externa por parte do Estado Português, culpando, antes, o PSD
"A direção do PSD terá as eleições que tanto desejou, mas atenção: Uma coisa é ter eleições, outra bem diferente é ganhá-las, porque para ganhar eleições é preciso merecê-lo - e esta crise política mostrou que esta direção do PSD merece tudo menos ganhar eleições", sustentou.
DN

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