19 dezembro 2011

VEIO A CALHAR? Ó SE VEIO

Segunda-feira, Dezembro 19, 2011

♪ Natal (só até aos quatro anos?) [2]
        "Só há prenda para a mais nova, as outras já não são crianças. Os adultos este ano não têm presentes porque não há meios para isso". "Não me vou endividar para estimular a economia."


Marc Ribot, Jamie Saft, Kenny Wollesen, Trevor Dunn,
Joey Baron, Cyro Baptista, Mike Patton & John Zorn

The Christmas Song

Os melhores blogues de 2011

• Pedro Adão e Silva, A CRISE VEIO MESMO A CALHAR [ontem no Expresso]:
    ‘Ainda assim, o problema essencial não é esse. O encaixe que hoje é feito com o fundo de pensões traduz-se num conjunto de responsabilidades futuras e sobre estas pouco se sabe. No passado, a propósito de exercícios do género, o Tribunal de Contas recomendou que “fossem realizados estudos actuariais independentes e isentos de conflitos de interesses, que calculem o valor das responsabilidades transferidas”. Existem estudos sobre esta transferência? Sabemos quais são as responsabilidades futuras contraídas? Ficamos a aguardar a explicação pau-sa-da do merdas do Vítor Gaspar sobre o que é uma mera antecipação de receitas extraordinárias. Até lá, o valor final do défice para este ano não passa, mais uma vez, de uma manigância a pagar no futuro. E oportunidade é mesmo a expressão adequada. No preciso momento em que a Segurança Social pública contraía mais responsabilidades, o ministro da tutela regressava à velha proposta de limitar o valor das pensões. Estamos face a um eufemismo para se dizer uma outra coisa — queremos diminuir a base contributiva, logo colocar em causa a sustentabilidade financeira do sistema. É uma ideia que pode bem ser classificada como de criança: a menos que se explique como se financiam os custos de transição, não se vê como é que é possível evoluir de um sistema de repartição, em que os descontos de hoje pagam as pensões de hoje, para um que limita os descontos hoje para limitar o valor das pensões amanhã. O mais provável é que tudo não passe de uma oportunidade histórica para se desmantelar o Estado Social. A crise veio mesmo a calhar.
    obs - o "merdas" é da responsabilidade do dono do blogue

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