ENQUANTO HÁ ESPERANÇA
Espanhóis e Portugueses serão sem dúvida muito diferentes ao olhar do sociólogo, do politólogo, do astrólogo, mas nada como um bom escândalo político para desafiar a crise. E quanto maior e emaranhado o novelo, melhor. Aqui não há arguidos, há presuntos. E, como não poderia deixar de ser, fortes indícios. Madrid, Janeiro de 2009. Denúncia jornalística. Partido político. Eleições regionais à porta. Dirigentes incómodos. Escutas, suspeitas de corrupção, esquema de segurança/espionagem paralelo. Uma mala contendo documentos, cassetes, DVDs e dinheiro em paradeiro incerto. Um juiz internacionalmente conhecido, valente da direita ontem por atacar o PSOE de González com os GAL, vilão hoje por estar a montar uma cabala contra o PP.
Mais uma novela da vida real. Não tendo como pegar em jornais portugueses aqui (acreditam que não há como comprar um jornal português em Madrid? Quando alguém em escala a caminho de Lisboa me pediu que arranjasse o expresso, pensei que se tratava de um autocarro), e já perdida no novelo da internet, decidi dedicar-me ao escândalo da Comunidade de Madrid. Andei agarrada alguns dias; confesso que também já desisti.
E de repente lembrei-me da crise. E, triste associação de ideias, lembrei-me do filme “Tout va très bien Madame la Marquise”, dos anos 30. E não é que a protagonista se assemelha em muito a Esperanza Aguirre, a sobrevivente da política espanhola (a mesma que veio descalça de Bombaim sob o terror e que escapou ilesa, com Rajoy, a um acidente de helicóptero em 2005)? Foto de Esperanza Aguirre (in País Relativo)
Mais uma novela da vida real. Não tendo como pegar em jornais portugueses aqui (acreditam que não há como comprar um jornal português em Madrid? Quando alguém em escala a caminho de Lisboa me pediu que arranjasse o expresso, pensei que se tratava de um autocarro), e já perdida no novelo da internet, decidi dedicar-me ao escândalo da Comunidade de Madrid. Andei agarrada alguns dias; confesso que também já desisti.
E de repente lembrei-me da crise. E, triste associação de ideias, lembrei-me do filme “Tout va très bien Madame la Marquise”, dos anos 30. E não é que a protagonista se assemelha em muito a Esperanza Aguirre, a sobrevivente da política espanhola (a mesma que veio descalça de Bombaim sob o terror e que escapou ilesa, com Rajoy, a um acidente de helicóptero em 2005)? Foto de Esperanza Aguirre (in País Relativo)
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