16 fevereiro 2009

O PODER E OS CÃES DANADOS


Hoje em Portugal, à semelhança do que sucede em alguns países do terceiro mundo, com regimes democráticos inconsistentes e periclitantes, existe, por indigência, uma espécie de auto-desvalorização das oposições, seja pela ausência de ideias ou de alternativas politicas credíveis, a realidade parece ocupar-se e expressar-se apenas sobre quem está a exercer o Poder. Essas oposições, sem nada para propor ao País, escondem-se no discurso rasca do constante e negativo bota-abaixo como forma de afirmação, deixando passar a imagem, com inocente crueza, das suas indigências e incapacidade de serem alternativa a quem, temporariamente, ocupa o poder. Mas de tanto se anularem e procurarem demonizar o adversário, que é poder episodicamente, acabam por passar a ideia de jamais estarem aptos para poderem assumir a responsabilidade de o exercer, por indigência própria e a consequente e explicita valorização do que combatem de forma descabelada. E, como é óbvio, ninguém segue movimentos ou organizações que se esgotam no protesto e não conseguem criar a respeitabilidade necessária para serem levados a sério. No caso concreto do PSD, tal postura não será alheia ao facto de terem adoptado um ideólogo formatado nas gloriosas lutas da extrema esquerda e para quem, bem lá no fundo, o poder está como a água para um cão danado...



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