20 fevereiro 2009

SIMPLES, CONCISO E CONCLUDENTE

Posso perceber que pessoas tão diversas como o Nuno Miguel Guedes, o Paulo Pinto de Mascarenhas, a Ana Sá Lopes ou o Rodrigo Moita de Deus achem que o Bloco de Esquerda “é importante” porque se está a tornar “um partido como os outros” – e isso significa, como bem escreve Medeiros-Ferreira, “entre um partido de campanhas (...) e uma força para-governamental”.
Mas daí ao voto, ao peso eleitoral, vai um certa distância – espero e acredito.
Assim sendo, confesso (e convém notar que esta confissão vem de uma pessoa que já terá sido de esquerda, no sentido mais ortodoxo da palavra...): tendo José Sócrates desiludido a minha expectativa neste mandato, não me passa pela cabeça votar “alternativamente” no Bloco de Esquerda. O drama daqueles que acreditaram numa certa ideia moderada do PS de Sócrates está exactamente aí: não se revêem à esquerda nos aventureirismos de Alegre, nas ambições arrivistas do Bloco, ou na “aldeia gaulesa” onde resiste o PCP; nem, por outro lado, encontram alternativa séria e credível neste PSD, nos novos Movimentos pretensamente humanistas e pueris, ou no discurso zig-zag do CDS.
A esquerda que o Bloco pode herdar (ou capitalizar, numa linguagem mais modernaça...) é aquela que ainda não percebeu que está num beco sem saída. A outra, a que porventura sinto pertencer, anda à procura daquilo que perdeu:
a confiança (
Pedro Rolo Duarte)

1 comentário:

Anónimo disse...

Concordo plenamente com PRD. O problema está apenas na espectativa de uma postura mais dialogante de Sócrates e na maior participação das estruturas do Partido. De resto que confiança pode transmitir um BE que é uma autêntica loja do mestre andré?!
E a múmia estalinista do PC. Os restantes nem comento. Os tempos não estão para tiros no escuro.