18 maio 2009

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

Estou inteiramente de acordo com o bastonário da Ordem dos Advogados quando afirma: "Eu não posso falar pelo Lopes da Mota, mas se estivesse no lugar dele, demitia-me", e continuando a citar Marinho Pinto "só em Portugal é que nasce um processo assim, numa reunião entre políticos e jornalistas", ... ou "de uma conversa entre colegas", acrescentando que "este caso traz-me à memória o processo de Fernando Charrua".
Acho isto tão esquisito e de algum maquiavelismo, com grande jogo escondido. O que é real é que estamos num país sem justiça, com muitas tramóias e ciladas e onde marca pontos o mediatismo. E daí os dois pesos e as duas medidas, porque sempre se disse e com fundamento legal que até à condenação do indiciado se presume a sua inocência e o processo disciplinar a Lopes da Mota ainda nem começou. Mas na boca dos partidos já está o homem condenado. Foi o que se ouviu das reacções. Logo, rua com ele.
Mas, independentemente disso, Lopes da Mota só fazia bem em demitir-se do cargo que ocupa, mesmo não se considerando culpado. Esvaziava o conteúdo do processo.
Dir-me-ao outros, demitir-se é não dar luta. Luta para quê num casos destes. Conduz a que objectivos? Está tudo inquinado
. Quantas são as capelinhas? Nem leva a mais justiça, porque não é isso que se pretende.
Carlos Alberto

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