21 novembro 2009

O PORTUGUÊS DA AL QAEDA


Yusuf em Lisboa, no Chiado, apoiado em Fernando Pessoa

Paulo Santos Abdullah Yusuf, o português da Al-Qaeda , veio a Lisboa e falou de guerra e paz.
O que pensa da situação no Afeganistão? A presença da NATO é um factor de segurança ou de tensão? Há alguma alternativa?Para nós, muçulmanos, a situação é óptima. De facto, não podia ser melhor, com um governo sem legitimidade e uma corrupção galopante. Os governos ocidentais já começaram a compreender que a situação, depois de oitos anos, não está mais próxima de um final positivo (para eles) do que quando começaram. Não era necessário ser clarividente para prever que não podia ser de outro modo historicamente. A Rússia e a Inglaterra tentaram várias vezes controlar o Afeganistão e foram sempre derrotados, sempre. O que poderia fazer pensar aos imbecis dos americanos e ao mentecapto do Bush que os EUA poderiam fazer melhor?! No Afeganistão, a União Soviética deu os últimos suspiros e faleceu, esgotada moral e economicamente. O Ocidente irá pelo mesmo caminho. Temo que vocês caíram na ratoeira preparada pela Al Qaeda nas montanhas do Hindu Kush. E o plano é simples: abrir tantos focos de guerra quanto possível. Vocês correm a apagar esses focos e lentamente as vossas economias vão por água abaixo. Neste momento é a Somália, onde vocês, europeus, se estão a preparar para se meter... Não sei se os vossos políticos são estúpidos ou simplesmente ignorantes.
A alternativa é deixar-nos em paz. Se vocês deixarem que nos governemos a nós próprios (sem que tentem sempre estabelecer um governo mais maleável para os vossos interesses), não teremos motivos para estar em guerra.
E o que pensa da presença militar de Portugal no Afeganistão? A presença militar de Portugal é tão importante como o papel que Portugal tem no mundo. Isto é: nulo
.Expresso

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