24 fevereiro 2010

O BANDO DOS QUATRO

Ainda bem que o Parlamento ouviu Mário Crespo, José Manuel Fernandes, Felícia Cabrita e Henrique Monteiro. O arquitecto Saraiva também lá vai.Vejam como um colega de profissão, conhecido por não ter papas na língua (Baptista Bastos), avalia a prestação dos três primeiros:
Um “escabroso espectáculo, fornecido por Mário Crespo, José Manuel Fernandes e Felícia Cabrita, tidos como apreciáveis jornalistas… ...chegou a ser aflitiva por declaradamente arrogante, e apenas revelou o verdete que alimentam por José Sócrates… O ódio não se confessa, mas nota-se, e marca o desejo inconsciente de destruir o outro”.Além de Baptista Bastos, o povo também já percebeu que a farsa da falta de liberdade de expressão, encenada por gente sem respeito pela memória dos que no passado exerceram a profissão sob a censura, serve apenas para disfarçar as campanhas de ódio em que se especializaram.
Os três Jornalistas em apreço têm em comum problemas de carácter político complicados, visto que, na realidade, andam ideologicamente perdidos e parece não saberem o que andam a fazer neste mundo. O Crespo , em entrevista ao Jornal de Negócios, com vídeo da Sapo, ainda não há muito tecia as maiores lôas a Sócrates afirmando que não via no horizonte qualquer aalternativa ao competente socialista e à sua magnífica equipa! Parece que estava na fase se reconquistar o lugar de correspondente em terras Tio Sam. Em vão porque Sócrates parece que não aprecia aduladores... Claro, de acordo com o seu carácter virou inimigo. Os outros dois, militantes do antigo MRPP, têm especial atracção pela burguesia (como dizia o PCP) e cada um a seu modo,foram fazendo a aproximação aos partidos de poder encontrando poiso em jornais de grupos empresariais a quem emprestaram a sua arte da adulação própria dos tíbios. O seu excesso de zêlo leva-os a cometer erros, muitas vezes prejudicando mais do que ajudam. Um já está emprateleirado e o outro não se sabe quanto tempo levará para tomar o rumo do Arquitectodo Sol.
Esta gente não se apercebe que são um elo fraquíssimo, apenas instrumental, descartável quando já arcam com todo o odioso das operações que executaram, e, desta feita, sem condições para serem exibidos em tempo de paz e concórdia entre o patrão e a outra parte litigante. Sim porque eles, depois, (o patrão e o outro) ficam amigos que nem porquinhos
Bem... a Felícia Cabrita, conforme fotos públicas, é uma mulher bonita, muito vistosa e, ao que dizem, muito apreciada nos meios que frequenta, pelas correctas posições que toma e as causas que abraça com galhardia. Parece que é adepta do FêQuêPê o que não bastará para ser recomendadada a alguém pelo Miguel Sousa Tavares. Mas tem os seus admiradores.
SOBRE O FERNANDES SERÁ TALVEZ MELHOR REFRESCAR IDEIAS E OUVIR O SENHOR BELMIRO AFIM DE AVALIAR A FORÇA DO DITO CUJO em entrevista à VISÃO
Na «guerra» entre Cavaco e Sócrates, o pano de fundo foi o seu jornal. O então director do Público tinha uma agenda política escondida?- [Silêncio]
Não sei... Para nós, ter um jornal é serviço cívico. Não para influenciar, que fique claro. Mas está a ficar caro, muito caro. E há jornalistas que abusam. Devia haver directores mais fortes para que, de facto, se passasse uma imagem de independência.- A saída de José Manuel Fernandes foi lida como cedência da Sonae ao Governo...- Errado. Não houve cedência, mas sim uma guerra entre jornalistas, com culpas para as partes. Um director pode sentir-se cansado. Terá sido uma das razões, pois José Manuel Fernandes deixou de lutar para liderar. Ele era acusado - e bem acusado - de não criar climas de consenso no jornal. Deixou-se desautorizar.- As razões de saída foram então internas e não propriamente políticas?- Cansaço, se quiser. Provavelmente, concluiu, com o andar do tempo - e ele reconhece - que podia ter feito melhor. Perdeu poder. E quando um director, seja de que empresa for, deixa de mandar com alguma firmeza, cada dia que passa é pior. Ele concluiu que se tinha esgotado o seu tempo. Continua a colaborar, agora na qualidade de comentador. Escreve mais ou menos da mesma maneira, mas já não tem responsabilidade na linha editorial.(…)

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