30 março 2010

O FIM DO PACHEQUISMO-FERREIRISMO

Figuras do pachequismo-ferreirismo

Manuela Ferreira Leite foi uma espécie de bombista suicida que à perversidade do propósito juntou a incompetência da acção: não logrou destruir nada nem ninguém excepto a sua própria reputação.
uando ganhou a Presidência, que agora abandona sem honra nem proveito, Pacheco Pereira anunciou que se acabara a oposição de casos e fait-divers. Depois, foi o que se viu, dois anos de política suja como não há memória no rectângulo.Durante essa eternidade abusou da nossa paciência acumulando por regra na mesma frase asneira grossa com desprezo pela gramática. Só por caridade extrema fujo a qualificar o seu reinado com o epíteto apropriado que nestas circunstâncias decreta o dicionário.
Agora tem o PSD um líder novo e quase toda a gente quer acreditar que pior não poderá ser - um acto de fé digno de admiração tendo em conta o contínuo percurso descendente do partido ao longo da sua história.Em que se distingue Passos Coelho? Alguns comentadores pretendem que é mais liberal, mas eu, que não partilho com eles a perspicácia, tenho dificuldade em entender em quê. Um elenco de propostas liberais atribuídas ao novo líder hoje publicado no Jornal de Negócios quase nada menciona que não exista já.
Para já, para já, Passos Coelho tem dois sérios problemas a resolver, um interno, outro externo. O primeiro é a regularização das relações com o PSD Madeira, que não deixará de ter um preço. O segundo, a recusa a respeitar a abstenção do seu partido na votação do PEC. Renegar o PEC equivale a postergar qualquer possibilidade de derrube do actual governo num futuro próximo, visto que a eventualidade de as próximas eleições serem ganhas por um partido que recusa comprometer-se com um contrato internacional dessa relevância conduzirá imediatamente ao aumento da taxa de juro da dívida pública portuguesa. Digamos que Passos Coelho tem de começar por desatar este nó
Será que o maoista-estalinista da Marmeleira recuperará o protagonismo?

1 comentário:

Anónimo disse...

É uma realidade que o monge da marmeleira não pode disfarçar.