03 fevereiro 2011

A MERCEARIA LUSITANA





Até há uma década, a generalidade dos empresários sentia-se representada pelo PSD.Mas essa geração de empresários, afecta a actividades tradicionais e de reduzida iniciativa, que sobrevivia à custa de salários baixos e de ludibriar o fisco e a segurança social, tem vindo gradualmente a ser substituída por outra que aposta na tecnologia e na inovação.
Os empresários desta nova geração têm alguma dificuldade em  rever-se no conservadorismo imobilista do PSD que, como ficou claro nas recentes eleições presidenciais, tarda em desembaraçar-se do colete-de-forças ideológico do cavaquismo. Lembram-se da guerra que o PSD fez contra o computador Magalhães?...
A filosofia destes empresários de tipo novo, a quem se deve o balanço que as exportações estão a dar à economia nacional, está nos antípodas da que enferma as propostas do PSD cujas medidas mais “atrevidas” para incentivar a economia passariam por entregar a Carris ou a CP a obsoletos empresários que inviabilizaram as respectivas empresas.
É claro que a Carris, o Metro do Porto ou a CP, continuariam a dar prejuízo, mas, se viesse para o governo e conseguisse concretizar o que propõe, o PSD havia de arranjar maneira de os privados terem lucro, transferindo-o do Orçamento do Estado.
Os empresários que sonham com estas benesses não fazem falta ao país, e os partidos que sacrificam o orçamento para lhes garantir a sobrevivência não merecem governar, porque prejudicam a economia e não defendem o interesse nacional.
O país mudou de século, o PSD ainda não. E os dirigentes de ar jovem que aparecem sofrem de evidente velhice precoce, quando não são mesmo testas de ferro de angelicais personalidades.





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