OS ABUTRES
O primeiro-ministro José Sócrates disse em Bruxelas que muitas vezes se pergunta “como foi possível” os partidos da oposição “fazerem isto ao país”, ao reprovarem o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), precipitando a queda do Governo.
“Muitas vezes me pergunto: como é que foi possível fazerem isto ao país? (…) Era óbvio que a nossa situação ficaria enfraquecida”, assinalou, acrescentando que “bastaram 24 horas” para que as agências de notação baixarem a notação da dívida portuguesa. “E só lá vão 24 horas”, sublinhou.
Embora destacando que a situação de Portugal “ficou pior” depois da reprovação do PEC pela Assembleia da República, Sócrates insistiu, numa conferência de imprensa particularmente concorrida e seguida pela imprensa internacional, que “Portugal não precisa de aderir a nenhum fundo de resgate” e irá cumprir "os seus compromissos com a Europa".
Numa concorrida conferência de imprensa após o Conselho Europeu, a primeira desde que, na passada quarta-feira, a Assembleia da República rejeitou o PEC, Sócrates não poupou críticas aos partidos da oposição, que acusou de não terem respeitado o país, ao recusarem qualquer diálogo.
“Nunca pensei, é verdade, que a oposição fosse tão longe e não tivesse um mínimo de consciência do interesse nacional, um mínimo de respeito pelo país, por forma a recusar qualquer negociação, qualquer conversa, qualquer compromisso. Não, isso não me ocorreu", disse, em resposta à imprensa internacional.
Argumentando que “durante duas semanas” não fez outra coisa que não fosse “apelar aos partidos da oposição, para que pensassem duas vezes, para que estivessem ao lado do seu país, pensando nas consequências que teria o chumbo do PEC”,
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