09 outubro 2011

HISTÓRIA DE UM SARILHO




Vasco Pulido Valente, História de um sarilho, hoje no Público. Excertos, sublinhado meu:
«O dr. Alberto João Jardim vai a eleições com uma dívida pública per capita três vezes maior do que a dívida do continente e com a agravante de ter tentado esconder do Estado central irregularidades sem desculpa. Nada disto parece impressionar muito boa gente que por aí anda. As justificações do dr. Jardim que normalmente se apresentam são duas. Primeiro, a de que ele sempre foi assim. E, segundo, que muitos governos, sobretudo o de Sócrates, fizeram o mesmo. A primeira justificação, noutro qualquer país, serviria teoricamente para afundar o homem e não para o salvar. E a segunda, além de não ser relevante ou verdadeira, só poderia ocorrer a um pessoal político profunda e definitivamente corrupto. [...] Só agora o dr. Jardim se meteu num sarilho sério. À força de desafiar o “continente” por conveniência e demagogia conseguiu que o “continente” se sentisse, de facto, desafiado. A não ser na hipótese improvável de que ele perca, a guerra está declarada.»

in Da Literatura -a imagem não é

Sem comentários: