15 outubro 2011

POR FAVOR APOIEM-NOS

 
 
Pedro Adão e Silva, Por favor, apoiem-nos [hoje no Expresso]:
    ‘(...) Em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro anunciou, deixando transpirar um tom de satisfação, a criação de um “grupo de apoio a Portugal” com vista a “assessorar o executivo português na agilização dos fundos comunitários”. (…) No fundo, depois da perda de soberania com o memorando de entendimento, o Governo acaba de assumir a falência técnico-administrativa do Estado. O que nos é dito é que há uma equipa de peritos estrangeiros que vem fazer o que fomos capazes de fazer nas últimas décadas: programar, gerir e implementar fundos comunitários. Que isto seja requerido pelo Governo e aceite silenciosamente por todos é revelador do pouco respeito que temos pela nossa própria soberania. Pelos vistos, a nossa administração pública perdeu as suas capacidades e ninguém o fez notar.’ O caso parece-me demasiado grave para se circunscrever às suas implicações políticas imediatas. Mas, ainda assim, elas são evidentes. (…) Começamos a pagar os custos de uma orgânica governamental que não tinha racionalidade. Por outro lado, o próprio governo português assume a incapacidade do titular da Economia. Só assim se explica que o “grupo de apoio” vá trabalhar junto das Finanças quando a tutela dos fundos comunitários é do ministro Santos Pereira. A mensagem política é clara: também para o Governo o ministro da Economia começou a deixar de existir.          

     

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