15 janeiro 2012

A ACÇÃO DE UM PARTIDO É O SEU DISCURSO



Caluda


FantásticoUm Partido político não é uma pessoa, nem um grupo de pessoas. É uma organização onde as pessoas se filiam à volta de uma declaração de princípios para debaterem e apresentarem soluções que conduzam à execução dos princípios contidos na sua declaração.
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Assim sendo, e porque estamos a falar de organizações de pessoas e porque as pessoas não são autómatos, os Partidos políticos usam a inteligência e o saber dos seus membros, sendo certo que, para cada questão, haverá sempre mais do que uma solução.
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Como estou a falar de Partidos políticos democráticos essas diversas visões e soluções deverão ser debatidas e sujeitas a votação sempre que não seja possível o consenso.
Quer isto dizer que os membros dos Partidos (no PS chamam-se militantes) não estão obrigados a concordar com a direcção dos Partidos, embora estejam sujeitos à sua decisão.
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É por isso mesmo que o argumento usado para fazer calar a opinião e que se baseia na frase “o Partido tal e tal não tem autoridade para dizer isto ou aquilo porque também já fez aquilo ou aqueloutro” não tem qualquer validade, principalmente se o directório tiver sido substituído por sufrágio. Os Partidos democráticos são mutáveis e o poder não é eterno.
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Ouvi ontem, vezes sem conta, críticas ao PS por este ter vindo a terreno repudiar a política de cunha e do favor que está a ser exercida pelo actual poder nacional. Essas críticas iniciam-se sempre com o argumento já referido anteriormente que, para além de ser parcialmente falso uma vez que o PS tem o hábito de, quando está no poder, repartir os cargos executivos, nunca contribuirão para corrigir o que se reconhece estar mal.
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O poder político, em democracia, segue o princípio do sancionamento nas urnas e ele já foi feito

Não é lícito mandar calar a oposição por ela já ter sido poder e por o ter perdido também por erros que agora voltam a ser cometetidos

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