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By Lockerz
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O Gaspar, o Álvaro, as putas do Elefante Branco e o burro do inglês
É muito pouco provável que nos papers do Vítor
Gaspar e amigos haja referências às putas do Elefante Branco ou ao burro do
inglês e isso é uma omissão grave porque significa que ignora muito do que move
a nossa economia. A política económica deste governo é conduzida por dois
ministros, um tem sintomas de loucura e o outro viveu encafuado em gabinetes
produzindo papers para os amigos elogiarem.
A estratégia de empobrecimento forçado do país
que Vítor Gaspar decidiu testar pela primeira vez num país usando os seus
próprios concidadãos e certificando-se de que regressando ao Banco de Portugal
ficaria a salvo das suas próprias decisões, lembra a velha história do burro do
inglês, quando já se estava habituando a viver sem comer acabou por morrer à
fome. É um pouco o que pode suceder com a economia portuguesa, a dose de
empobrecimento forçado foi de tal forma grande que a contracção económica pode
levar a que os cofres do fisco acabem por ficar vazios.
O aumento do IVA nos restaurantes é uma medida
que explica bem a ausência de contacto entre o Gaspar e a realidade, basta dar
uma volta pela Baixa de Lisboa paras se perceber que os restaurantes andam às
moscas apesar de na sua maioria não ter aumentado os preços. É evidente que
muita gente prefere levar a marmita com uma refeição em que se usaram produtos
com 8% de IVA do que pagar uma refeição com 23%, o que significa que por cada
quatro almoços está a pagar um ao Gaspar. Daqui a pouco tempo começaremos a ver
restaurantes a fechar as portas e os que as mantêm abertas é pouco provável que
não estejam a fugir ao fisco.
O Álvaro teve a brilhante ideia de introduzir
uma novidade nos horários de trabalho que passaram a ter duas componentes, uma
mal remunerada e outra de trabalho escravo. A oferta foi tão generosa que até os
empresários desconfiaram e sugeriram alternativas mais adequadas ao século em
que estamos. Se o Álvaro fosse frequentador de espaços como o Elefante Branco
saberia mais de competitividade das empresas portuguesas do que com uma dúzia de
doutoramentos na modesta universidade de Vancouver. Saberia que uma boa parte
das ajudas que está a dar aos empresários vai acabar nas casas de putas e outros
consumos empresariais como pensos higiénicos.
O Álvaro e o Gaspar são dois bons exemplos de
técnicos convencidos de que são eles que moldam a realidade e por isso a podem
ignorar e desprezar. O resultado pode ser desastroso com a economia a morrer
como o burro do inglês e com muitos dos sacrifícios impostos aos trabalhadores a
acabar nas caixas registadoras das casas de putas do país
Publicada por A. A. Barroso à(s) 7:24 da tarde
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