06 fevereiro 2009

PAULO PORTAS QUE PAGUE A FACTURA


“O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH), jurisdição do Conselho da Europa, condenou agora Portugal por em 2004 ter proibido a entrada nas suas águas territoriais de um navio fretado por organizações favoráveis à despenalização do aborto.O TEDH considerou que Portugal violou o direito à liberdade de expressão e decidiu atribuir 2.000 euros a cada uma das três associações queixosas por prejuízo moral.” (SIC)

Este é o exemplo típico do ferrabrás a quem se dão asas para voar. Neste caso deram-lhe barcos de guerra para o rapaz arranjar um conflito naval com meia dúzia de mulheres que navegaram até perto da Figueira da Foz, num frágil e inofensivo barquito, para protestarem algo. Logo o nosso herói do mar arranjou pretexto para extravasar o seu espírito lúdico-belicoso colocando, como Ministro da Guerra, as Forças Armadas ao serviço dos que são contra-o-aborto. Desse modo envolveu as F.A. numa causa meramente ideológica, guerra essa que deveria ter sido travada apenas com as forças do CDS do Largo do Caldas.

Porque se trata da utilização abusiva de recursos do Estado este deveria ser ressarcido dos custos da operação que, pelos meios muito dispendiosos utilizados, não devem ser de pouco vulto.

Sugere-se, a quem de direito, que faça chegar ao senhor Paulo Portas a respectiva factura, para liquidação, incluindo também o valor da multa aplicada pelo TEDH. A situação é semelhante à da senhora da Câmara de Felgueiras que andava a pagar a sua defesa em tribunal com os dinheiros da autarquia. É, nos dois casos, usar meios do erário público em proveito próprio ou de terceiros. Diríamos que é a forma mais descarada (e raramente penalizada) de esbulhar o Estado. No caso de Portas ainda acrescem prejuizos não quantificáveis do desprestígio externo resultantes das macaquices feitas em nome do Estado Português.















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