NÃO É ESTE PSD QUE O PAÍS PRECISA!!

O Plano Tecnológico para a Educação, que envolve a distibuição de computadores Magalhães a todos os alunos do 1º ciclo, no programa e-escolinha, e que se integrou num dos maiores sucessos da anterior legislatura - o Plano Tecnológico - volta a ser usado como arma política de arremesso.
A mesma aversão à tecnologia e à inovação marcou o discurso eleitoral do PSD, que, apenas com uma visão contabilística do país, falava dos défices, sem nunca se preocupar com a modernização e as qualificações, está de volta. A cruzada contra o TGV já sabíamos que se mantinha (falta saber se não se defenderia o regresso às locomotivas a vapor). Agora, é o Magalhães que corporiza esses ressabiamentos. Chegando-se ao ridículo de criar uma comissão de inquérito parlamentar para averiguar porque não houve concurso público quando o Estado comprou os Magalhães.

Este afã em desqualificar o que de bom se fez nos governos de Sócrates e tentar lançar lama da suspeita para cima do adversário político, além de revelar o mau carácter de quem gere esse partido, pretende também disfarçar uma incapacidade estrutural de o actual PSD ter qualquer préstimo para a governação do País, cada dia se tornando mais irrelevante e dispensável. E neste aspecto parece-nos que o PSD está a menosprezar a inteligência dos portugueses que já terão interiorizado que o PSD deixou de contar como alternativa séria. Os últimos resultados eleitorais e as sondagens recentes começam a revelar essa tendência.
Cavalgando desavergonhadamente a operação do Poder Judicial sobre o PS, à qual o PSD se colou como se de coisa de sua lavra se tratasse, entenderam os crâneos que hoje dirigem o PSD disponíveis para fazer maldades, lançar a suspeição sobre tudo o que na anterior legislatura foi feito. A lógica não é muito diferente de todas as polémicas judiciais que o PSD tem criado, quando, estranhamente, já não se fala do BPN