15 outubro 2010

CARRILHO ESTÁ SEM TACHO

Manuel Maria Carrilho, o político por excelência que tem vivido de ocupar lugares de nomeação política e que faz autênticas guerras épicas quando lhe desviam a manjedoura do seu alcance, como a que está latente no escrito que se segue, da sua autoria, podendo depreender-se que estará em vias de fundar um partido para dar corpo às suas ideias mas isso dá muito trabalho e o seu carisma tem as potencialidades de um melão aboborado...  A Sua tática é cramar e resingar até que o permissivo partido que o sustenta lhe arranje chucha para o calar. De um bode é o que esse marmelo está a precisar. Vejam a seguir como ele fala dos políticos como se não fosse ele um exemplo acabado do quadro que aqui traça. É claro que ele  é um bom intérprete do fado da desgraçadinha e tem aquele decaramento de se colocar fora dos quadros negros que pinta como se não tivesse nada a ver com a classe política, fugindo descaradamente com o rabo à seringa! Um ilustre intérprete da canção do bandido:
-Atraso da classe política em geral, das suas ideias e dos seus métodos. Da classe política que vive fechada nas suas equívocas cumplicidades e nos seus jogos de interesses. Das suas ideias, que se tornaram nichos ideológicos residuais que sobrevivem assustadiços com todas as frestas por onde possa passar algum ar... Dos seus métodos, sobretudo orientados para fazer durar, mais do que para incentivar ou representar o que quer que seja.
Este é um dos traços que mais devem merecer a nossa atenção, se quisermos fazer um balanço sério das últimas décadas, ter um inventário honesto dos últimos anos e mudar o estado das coisas. Ele foi--se instalando a pouco e pouco desde os primeiros anos do regime democrático, quando muitos descobriram que era mais fácil fazer da política uma profissão do que assumi-la como uma missão.
As elites não tiveram coragem, ou inteligência, para resistir. Preferiram afastar-se, deixando os partidos nas mãos de grupos com poucos valores e quase sem causas, que assim foram dominando os aparelhos, cartelizando o Estado e virando costas à sociedade.DN



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